terça-feira, agosto 31, 2010

Cem anos fazendo a alegria dos rivais...

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VEJA

Criada em setembro de 1968, a revista “Veja” é teoricamente a publicação semanal brasileira de maior tiragem. Criada por Mino Carta, atualmente diretor da Carta Capital, a revista foi por um longo período paradigma para o jornalismo brasileiro. Por sua redação, passaram nomes importantes. Mas, em anos recentes, a revista tornou-se alvo de intensas críticas. O jornalista Fábio Jammal Makhoul decidiu debruçar-se sobre a revista Veja para formular sua tese de mestrado em Ciência Política para a PUC. A dissertação analisou a publicação durante o primeiro mandato de Lula. Fábio constatou que houve, de modo deliberado, uma cobertura tendenciosa com o objetivo de desestabilizar o governo. Os números são impressionantes: “40% da cobertura de Veja sobre o governo petista noticiou de forma negativa”. O governo ocupou “54 capas de Veja”, destas “32 tratavam de escândalos, segundo classificação da Veja, ou seja, 59% do total”.

Cápsula da Cultura

Olhar Crônico Esportivo

Clube
Futebol sem Transferências
Folha do Futebol
Folha/Receita
200920082009200820092008
São Paulo140,398,378,867,556%69%
Corinthians119,669,767,344,256%63%
Internacional103,373,258,246,256%63%
Flamengo89,376,467,663,676%83%
Palmeiras82,469,364,247,778%74%
Grêmio75,362,232,726,343%*42%*
Cruzeiro64,848,541,737,264%77%
Santos46,339,144,037,295%95%
Botafogo41,348,621,520,552%42%
CAP39,930,317,719,344%64%
(Valores em milhões de reais)

A volta da Esperança

Diante das últimas pesquisas eleitorais, você pode imaginar que estou falando da nova vitória da esperança sobre o medo, mas não é o caso. Trata-se de segurança. A criminalidade vem despencando no Brasil. Não, você não leu errado. Efetivamente, na última década, a violência vem diminuindo, ao contrário da nossa percepção. Você deve estar pensando que apenas desistimos de dar queixa de roubos e furtos, pois nossas esperanças de reaver o bem roubado são menores do que a popularidade do Serra. No entanto, nenhum outro indicador de violência mostrou queda mais marcante do que o número de assassinatos. A menos que não estejamos registrando nem os mortos!!! Por que a redução de homicídios??? Há razoes específicas, como a melhoria do aparelhamento policial e a restrição à venda de bebidas em alguns locais e horários. Há também razões econômicas e demográficas. O bom desempenho e a forte geração de empregos têm reduzido a oferta de “mão de obra” para a criminalidade. Nos últimos dez anos, o número de empregos no Brasil aumentou em mais de 15 milhões. Mais trabalho, menos crime. O Norte e o Nordeste vêm crescendo mais do que restante do País por causa dos programas governamentais e do desempenho do agronegócio. Com isso, o fluxo migratório inverteu-se. Finalmente, em virtude da queda da taxa de natalidade, a parcela da população entre 15 e 25 anos, maiores vitimas e algozes da violência, começou a reduzir. Esta foi a principal razão da queda dos assassinatos nos EUA e na Europa nas duas ultimas décadas.  No Brasil, onde a taxa de natalidade demorou mais a cair, o impacto levou uma década a mais para chegar. Com a demografia e a economia jogando a favor, é provável que a violência continue em queda. Pode respirar aliviado. A esperança está voltando...

segunda-feira, agosto 30, 2010

Cápsula da Cultura

Jornal da Cidade


A Polícia Rodoviária apreendeu ontem de madrugada na rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), em Garça (70 quilômetros de Bauru), grande quantidade de produtos eletroeletrônicos que estava sendo transportado em um veículo que seguia de Foz do Iguaçu, no Paraná, com destino a São Paulo. De acordo com a polícia, o GM Vectra Elegance, cor prata, placas EGV-2893, de Rinópolis, que transitava no sentido Vera Cruz/Gália, foi abordado por volta das 2h40 na altura do quilômetro 404 da rodovia. Na vistoria, os policiais rodoviários encontraram no interior do veículo diversos produtos eletroeletrônicos sem nota fiscal de comprovação de origem. O condutor do Vectra, P.A.C.B., 29 anos, e a passageira L.B.L., 21 anos, que só tiveram as iniciais divulgadas pela polícia, são moradores da cidade de Rinópolis, São Paulo. O casal foi apresentado na Delegacia da Polícia Federal de Marília para prestar depoimento. Após serem ouvidos, os dois foram liberados. O veículo e as mercadorias foram apreendidos.

La nave va...

sexta-feira, agosto 27, 2010

Panorama das Pesquisas

Cápsula da Cultura

Fim de semana

Para curar sua paixão, beba pinga com limão;
Para curar sua amargura, beba pinga sem mistura;
Contra dor de cotovelo, pinga com gelo;
Contra a falta de carinho: cachaça, cerveja e vinho;
Se brigar com a namorada, beba pinga misturada;
Se brigar com a mulher, pinga na colher;
Quem dá amor e não recebe, mistura todas e bebe;
E se alguém te faz sofrer, beba para esquecer;
Para esquecer um falso amor, pinga com licor;
Para acalmar seu coração, beba até cair no chão;
E se a vida não tem graça, encha a cara de cachaça!!!

quinta-feira, agosto 26, 2010

Dilma, segundo a Banca

"Vitória de Rousseff pode estimular ações de mercado imobiliário e transportes", despachou a Bloomberg, com base em "relatório para clientes" do Bank of America. "Um hipotético governo Dilma pode significar maior ênfase para investimentos públicos em infraestrutura e reforço no forte compromisso de Lula de reduzir as desigualdades sociais", escreve o banco americano. Mais algumas horas e novo despacho, "Rousseff pode adotar cortes orçamentários inesperados", diz Nomura. O banco de investimentos japonês fez um "relatório" falando em "ações ousadas, inclusive cortes para permitir juros mais baixos, um mix de política fiscal mais apertada e monetária mais solta". Sob o título "Para onde Lula liderou o Brasil", o britânico "Guardian" deu artigo avaliando a propaganda de Dilma como muito superior à de Serra e perfilando brevemente a petista. Fechando o texto, "como seria uma administração Dilma? Ela não deve se afastar muito do predecessor.".

Toda Mídia

Em coluna, Alan Beattie, editor de economia internacional do "FT", detalhou as "Lições fiscais do Brasil à Grécia". Diz que o primeiro-ministro George Papandreu "deveria olhar através do Atlântico para o presidente Lula". Este "assumiu em meio ao pânico de falência governamental iminente, o país já tendo recebido o maior empréstimo da história do FMI, e adotou meta apertada para o superavit fiscal, até maior do que o Fundo havia pedido". Entre as lições seguintes, cita o "alívio da pobreza através de emprego e Bolsa Família". Em suma, "social democracia como deve ser feita, o que a Europa Ocidental poderia usar urgentemente".

No mesmo "FT", "Febre de especulação no Brasil não dá sinais de ceder", com os investidores "apostando que os preços habitacionais vão continuar subindo". Abrindo a reportagem, "dependendo de onde você olha, o mercado imobiliário está diante de um longo futuro de crescimento estável; ou é uma bolha prestes a estourar". 

SHELL + COSAN. Valor Online destaca a confirmação da joint venture entre a europeia e a brasileira. Já a Bloomberg ressaltou que a empresa recém-criada se declara "pronta para muitas aquisições". 

Manchete da "Foreign Policy", "Os piores engarrafamentos do mundo". Pela ordem, Pequim, Moscou, México, São Paulo e Lagos, cidades onde parar no trânsito é "um modo de vida". E SP "tem o recorde mundial de maior engarrafamento, em 9 de maio de 2008".

quarta-feira, agosto 25, 2010

Cápsula da Cultura

É um amor que não para de crescer...

O vexame do Datafolha

Pesquisas nas quais não se pode confiar são um problema. Elas atrapalham o raciocínio. É melhor não ter pesquisa nenhuma que tê-las. Ao contrário de elucidar e ajudar a tomada de decisões, confundem. Quem se baseia nelas, embora ache que faz a coisa certa, costuma meter os pés pelas mãos. Isso acontece em todas as áreas em que são usadas. Nos estudos de mercado, dá para imaginar o prejuízo que causam? Na aplicação das pesquisas na política, temos o mesmo. Ainda mais nas eleições, onde o tempo corre depressa. Não dá para reparar os erros a que elas conduzem. Pense-se o que seria a formulação de uma estratégia de campanha baseada em pesquisas de qualidade duvidosa. Com a comunicação é igual. E na imprensa? Nela, talvez mais que em qualquer outra área, essas pesquisas são danosas. Ao endossá-las, os veículos ficam em posição delicada. Neste fim de semana, a Folha de São Paulo divulgou pesquisa Datafolha. Os problemas começaram na manchete, que se utilizava de uma expressão que os bons jornais aposentaram faz tempo: “Dilma dispara...”. “Dispara..”, “afunda...” são exemplos do que não se deve dizer na publicação de pesquisas. São expressões antigas, sensacionalistas. Compreende-se, no entanto, a dificuldade do responsável pela primeira página. O que dizer de um resultado como aquele, senão que mostraria uma “disparada”? Como explicar que Dilma tivesse crescido 18 pontos em 27 dias, saindo de uma desvantagem para Serra de um ponto, em 23 de julho, para 17 pontos de frente, em 20 de agosto? Que ganhasse 24 milhões de eleitores no período, à taxa de quase um milhão ao dia? Que crescesse 9 pontos em uma semana, entre 12 e 20 de agosto, apenas nela conquistando 12,5 milhões de novos eleitores? O jornal explicou a “disparada” com uma hipótese fantasiosa: Dilma cresceu esses 9 pontos pelo “efeito televisão”. Três dias de propaganda eleitoral, nos quais a campanha Dilma teve dois programas e cinco inserções de 30 segundos em horário nobre, nunca teriam esse impacto, por tudo que conhecemos da história política brasileira. Aliás, a própria pesquisa mostrou que Dilma tem mais potencial de crescimento entre quem não vê a propaganda eleitoral. Ou seja: a explicação fornecida pelo jornal não explica a “disparada” e ele não sabe a que atribuí-la. Usou a palavra preparando uma saída honrosa para o instituto, absolvendo-o com ela: foi tudo uma “disparada”. É impossível explicar a “disparada” pela simples razão de que ela não aconteceu. Dilma só deu saltos espetaculares para quem não tinha conseguido perceber que sua candidatura já havia crescido. Ela já estava bem na frente. Mas as pesquisas problemáticas não são danosas apenas por que ensejam explicações inverossímeis. O pior é que elas podem ajudar a cristalizar preconceitos e estereótipos sobre o país que somos. Ao afirmar que houve uma “disparada”, a pesquisa sugere uma volubilidade dos eleitores que só existe para quem acha que 24 milhões de pessoas decidiram votar de supetão. Que não acredita que elas chegaram a essa opção depois de um raciocínio adulto, do qual se pode discordar, mas que se deve respeitar. Que supõe que elas não sabiam o que fazer até aqueles dias e foram tocadas por uma varinha de condão. Pesquisas controversas são inconvenientes até por isso: ao procurar legitimá-las, a emenda fica pior que o soneto. Mais fácil é admitir que fossem apenas ruins.

terça-feira, agosto 24, 2010

Cápsula da Cultura

Pesquisa Mensal CNT

Pesquisa divulgada há pouco mostra a candidata Dilma (PT) com 46%, Zé Serra (PSDB) com 28% e Marina Silva (PV) com 8% das intenções de votos. Se as eleições fossem hoje, Dilma venceria no primeiro turno. Em comparação com a pesquisa do início de agosto, Dilma subiu 4%, Serra caiu 3% e Marina teve queda de 1%. Na pesquisa espontânea, Dilma tem 37%, Serra 21%, Marina 6%. Os demais candidatos não atingiram 1%. Lula também foi citado por 2% dos entrevistados. A margem de erro é de 2%. A pesquisa foi encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e realizada pelo Instituto Sensus entre os dias 20 e 22 de agosto. Foram feitas 2 mil entrevistas.

Uma nova derrota

A se confirmarem as previsões dos institutos de pesquisa apontando a vitória de Dilma Rousseff no primeiro turno, não serão apenas o candidato Zé Serra e sua aliança os grandes derrotados. Perdem também, mais uma vez, os barões da grande mídia brasileira. Foram-se os tempos em que eles faziam ou derrubavam presidentes e se julgavam os verdadeiros donos do poder, os únicos proprietários da verdade. Desde a eleição de Lula, não fizeram outra coisa a não ser mostrar em suas capas e manchetes um país desgovernado, sempre à beira do abismo. Em cada estatística divulgada, procuravam destacar sempre o lado negativo, sem se dar conta de que a vida dos brasileiros estava melhorando, e os cidadãos percebiam isso. Fechados em seus gabinetes e certezas, longe do país real, imaginavam que desta forma ajudariam a eleger o candidato da oposição. Fizeram a sua parte, é verdade, anunciando uma crise atrás da outra, batendo no governo dia sim e no outro também, mas não deu certo. Em reunião da ANJ, sua presidente, Judith Brito, chegou a dizer que, na falta de uma oposição partidária, era preciso a imprensa assumir este papel, como de fato fez. Os líderes demotucanos acharam que isto seria suficiente para derrotar Lula. Até a última semana, antes da divulgação das novas pesquisas, o noticiário ainda alimentava o discurso da oposição numa operação casada contra Lula e Dilma. Como a vaca tucana caminhou inexoravelmente para o brejo, num lance desesperado para tentar virar o jogo, Zé Serra procurou associar sua imagem à de Lula. Aí foi a vez dos seus aliados na mídia darem um basta e jogarem a toalha. Quem sabe agora tenham a humildade e o bom senso de reconhecer que acabou a época dos formadores de opinião abrigados na grande imprensa, que perde circulação e audiência a cada dia. Novos meios e novos agentes multiplicaram-se pelo país, democratizando a informação e a opinião. Ninguém mais precisa dizer o que devemos pensar, como devemos votar, o que é melhor para nós. A liberdade de imprensa e de expressão não tem mais meia dúzia de donos. É um direito conquistado por todos nós. 

24 de Agosto de 1954

segunda-feira, agosto 23, 2010

Cápsula da Cultura

Petrobras - A saga continua...

Por aqui, a "CartaCapital" publicou a capa "Petrobras na mira: A estatal, entre os jogos do mercado financeiro e a sucessão". Por outro lado, "WSJ" e "NYT", com Reuters, mais Bloomberg, entraram no fim de semana destacando que a Shell foi condenada por poluição de água e solo no Brasil, numa ação bilionária.