quinta-feira, setembro 30, 2010

Cápsula da Cultura

Ligações Perigosas

quarta-feira, setembro 29, 2010

BRASIL S.A.

Você escolhe: Lula com as mãos sujas de petróleo ou uma bunda usando um biquíni fio dental? Essas são as imagens que correm paralelas na mídia mundial quando o assunto é Brasil. Crescemos, ganhamos importância no cenário global, as páginas de economia dos principais jornais do mundo nos levam a sério, mas continua difícil apagar o estereótipo de paraíso sexual. 
Na semana passada, o assunto foi a Petrobras. Publicações do mundo todo trataram da captação recorde. A ilustração mais frequente foi a foto do presidente exibindo o "ouro negro". Na Itália, o "Corriere della Sera" fez um texto épico para retratar um momento histórico. Foi o dia em que, nos dizeres do jornal, a Petrobras deu salto gigante para suplantar "ícones globais como Microsoft e se tornar a quarta maior empresa do mundo". A Petrobras está atrás da Exxon Mobil, PetroChina e da Apple. Antes, a "The Economist" já dizia que o modelo de agricultura praticado no Brasil deveria ser seguido pelo mundo. Já o "Financial Times" afirmou que a Grécia, país endividado e à beira de um calote, deveria tomar lições com as autoridades do BrasilO mesmo jornal trouxe na edição do fim de semana uma longa conversa com FHC. Ele diz que Lula é o Lech Walesa que deu certo.
Ao mesmo tempo, jornais ingleses falam das prostitutas brasileiras. Bem mais explícita foi a portuguesa "Focus", que pôs na capa uma bunda com um microbiquíni verde-amarelo e a manchete: "Eles adoram-na; elas odeiam-na".
Em poucos minutos de conversa, fica claro que, para os engravatados da City, o Brasil interessa pelo pré-sal, pela Vale... Para o cidadão comum, o Carnaval e as mulheres são o foco de atenção. Em Londres, a frase que se ouve é: "Brazil? Really? How exciting!". Nunca saberemos se estão pensando no crescimento econômico ou só em uma mulher seminua.

Eleições 2010

Acompanhe as principais pesquisas:

Cápsula da Cultura

terça-feira, setembro 28, 2010

Estratégia


A Escola de Guerra do Exército dos EUA publicou estudo sobre os "Dilemas da Grande Estratégia Brasileira" . 
"A grande estratégia de Lula para posicionar o Brasil como líder de uma América do Sul unida". 
Em suma, "foi bem-sucedida em elevar o perfil, mas expôs dilemas estratégicos como as tensões crescentes com os EUA".

Toda Mídia

O francês "Le Monde" deu o longo artigo "Lula, presidente inoxidável", em que relata seu pragmatismo e a luta contra a pobreza nos oito anos que o tornaram "personagem mítico". Avisa que Dilma Rousseff é diferente. O "Financial Times", na mesma linha, cobriu o comício de Porto Alegre sob o título "Lula se mostra espetáculo difícil de substituir no palco político". Já o "Independent" saudou "A ex-guerrilheira prestes a se tornar a mulher mais poderosa do mundo". Por outro lado, o "FT" já tratava da "surpresa" Marina Silva, cuja "ascensão fala tanto sobre a campanha sem brilho de Serra como sobre as credenciais comoventes de Ms. Silva".
No editorial "Brasil deslumbra a finança global", o "Financial Times" saúda como a Petrobras "levantou US$ 67 bilhões", e como "tudo se deu em São Paulo, como exultou Lula". Mais que "um grande negócio, é um marco da crescente presença financeira internacional do Brasil", diz o jornal, avisando que "a globalização das finanças brasileiras será cada mais sentida nos centros internacionais". E a "Fortune" lançou sua edição dando, como destaque, "A longa sombra do Brasil".

"Investment Week" postou entrevista do diretor do Allianz Global Investors, que passa a priorizar o Brasil. Ele diz querer "participar do grande potencial de crescimento da economia brasileira e seu mercado de ações", e acreditar que o país "está finalmente libertando o potencial que sempre teve". Ressalta sua "animada classe média, sustentada pela alta nos empregos". E em mais uma de muitas reportagens o "FT" noticiou o "Fervor latino" de fusões e aquisições, particularmente no Brasil. Já o "Wall Street Journal" publicou que, "sem querer chover no desfile do Brasil, a história deveria deixar os brasileiros um pouco nervosos". Lembra que a maior oferta de ações antes da Petrobras foi da japonesa NTT em 1987, "quando a ascensão do Japão à primazia econômica global era considerada inevitável". Por outro lado, o "FT Adviser" postou que gerentes de fundos de instituições como JP Morgan e BlackRock "dizem que Brasil não é uma bolha".


O venezuelano "El Universal" deu que "Converter o Brasil em potência petroleira é o desafio do próximo governo". Já a BBC enfatizou que a "Educação é o desafio do Brasil na tentativa de ser um ator global".  "Guardian" e outros vão na mesma linha, criticando a baixa atenção dada pelos candidatos.

Cápsula da Cultura

Segundo Turno?????????????

domingo, setembro 26, 2010

A Bala de Prata

A apenas uma semana da eleição, temos uma parte do sistema político, uma parte da sociedade e a maioria da imprensa em torcida para que a “última hora” faça com que os prognósticos a respeito de seu resultado não se confirmem. É natural que todos os candidatos, salvo Dilma, queiram que alguma reviravolta aconteça. Todos torcem pelo “fato novo”. Do outro lado, a ampla coligação que formará a maioria do próximo Congresso espera que nada se altere. Dilma lidera em todas as regiões do país, jogando por terra as análises que imaginavam que essas eleições consagrariam um fosso entre o Brasil moderno e o atrasado. Era o que supunham aqueles que leram, sem maior profundidade, as pesquisas, e acreditavam que Serra sairia vitorioso no Sul e no Sudeste. Não é isso que estamos assistindo. Dilma deve vencer em todos os estados. Vence na cidade de São Paulo, na sua região metropolitana e no interior. Lidera o voto das capitais, das cidades médias e das pequenas. As pesquisas dão a Dilma vantagem em todos os segmentos socioeconômicos. É a preferida de mulheres e homens, de jovens e idosos, de negros e brancos. Está na frente entre católicos, evangélicos e espíritas. Vence entre pobres, na classe média e entre os ricos. Lidera entre beneficiários do Bolsa Família e entre quem não recebe qualquer benefício do governo. Analfabetos e pessoas que estudaram, do primário à universidade, votam majoritariamente nela. É claro que sua candidatura não é uma unanimidade. Existe uma parcela da sociedade que não gosta dela e de Lula e que nunca votou em alguém do PT. São pessoas que até toleram o Presidente, que podem achar que é esperto e espirituoso, que conseguem admirar aspectos de seu governo. Mas que querem que Dilma perca. Se, então, Dilma reúne ampla maioria no eleitorado, o que seria a “bala de prata”? O que falta acontecer? Formular a pergunta equivale a considerar que o eleitorado ainda não sabe o que vai fazer, que aguarda a véspera para se decidir. Que tudo pode mudar!!!É curioso, mas quem mais acredita que os outros são volúveis são os mais cheios de certezas, os mais orgulhosos de suas convicções. Mas acham que o “povão” é diferente, que é incapaz de chegar com calma a uma decisão pensada e madura. É fato que sempre existe uma parcela do eleitorado que permanece indecisa até o final. Já vimos, em eleições anteriores, que ela pode oscilar. Sua movimentação pode provocar resultados inesperados, como ocorreu em 2006. Mas aquelas eleições também mostram como acontecem esses fenômenos. Neles, a única coisa que um uníssono da imprensa contra a candidatura Lula conseguiu fazer foi assustar os eleitores mais frágeis. Os dados indicam que os eleitores mais informados e com alto interesse em nada foram afetados pela artilharia da mídia, assim como os sem nenhum interesse. Aquela gritaria só fez com que as pessoas mais inseguras a respeito de suas escolhas ficassem confusas, ainda que apenas por alguns dias. Mal começou a campanha do segundo turno, Lula reassumiu as rédeas da eleição e avançou sem problemas até a consagração final. É como aquela comédia: Muito barulho por nada.

sexta-feira, setembro 24, 2010

Cápsula da Cultura

Golpismo Midiático

OSCAR

Em 1945, sertão de Pernambuco. Menos de um mês depois de seu marido partir para tentar a vida em São Paulo, com uma moça bem mais nova, Dona Lindú dá a luz ao seu sexto filho, Luiz Inácio da Silva, que logo ganha o apelido de “Lula“. “Lula, o filho do Brasil” é a saga da familia Silva igual à odisséia de tantas outras familias deste Brasil. Um filme sobre uma mãe e um filho, um menino, um sobrevivente, um homem que tomou as rédeas da sua vida.

quarta-feira, setembro 22, 2010

Sampa

Manchete no UOL, "Pane provoca caos no metrô de São Paulo", mais os destaques "Blusa presa em porta causou falha, diz Metrô" e "Sem luz e ar, testemunhas relatam pânico". O primeiro "SPTV" reproduziu vídeos do pânico. No iG, "Serra diz desconhecer paralisação do metrô cinco horas após pane". Antes, Soninha, coordenadora de sua campanha na internet, sugeriu "sabotagem". Na reação via Twitter, piadas como "Soninha me contou: a blusa na porta era igual à do sequestrador de Abílio Diniz". Início da noite, o segundo "SPTV" destacou que "o governador chama a polícia para investigar se a blusa foi colocada acidentalmente ou propositalmente". Já na escalada do "Jornal Nacional", "Em São Paulo, uma blusa paralisa o metrô". No portal G1, reprodução de TV com "alagamento na Marginal Tietê", trocada depois pelo granizo na cidade de Guarulhos.

Toda Mídia

Sob o título "Como Lula transformou o Brasil", o francês "Le Figaro" dedicou sua página 2 ao presidente responsável por "modernizar" o país, como ressaltaram os sites brasileiros. "Pela primeira vez na história, o Brasil assiste a uma redução contínua das desigualdades".
O "Financial Times", com eco no "NYT", noticiou que um dos maiores fundos europeus, Brevan Howard, decidiu abrir representação no Brasil. A exemplo do concorrente Highbridge, "o hedge fund não se contenta mais em investir à distância na América Latina".
Em destaque na TV Bloomberg e em reportagem, a agência divulgou que pesquisa com investidores, analistas e corretores, mostrou que os EUA já não são o destino preferido para investimentos. "Agora o Brasil e a China estão empatados em primeiro lugar, a Índia é a terceira e os EUA, bem, caíram do pódio e surgem agora em quarto lugar".                   
Cobrindo a Assembleia Geral da ONU, a "Foreign Policy" se pergunta se a "ONU está perdida", "obsoleta" em comparação, "notadamente, ao G20". Destacou as ausências de Lula, Medvedev e Jintao.

sexta-feira, setembro 17, 2010

Cápsula da Cultura

COINCIDÊNCIA?

Com o enunciado "Um gigante se impõe", o francês "Le Monde" publicou longo especial sobre o "país continente" Brasil e "a herança de Lula", abrindo com perfil de seis páginas e os 25 anos de democracia. 
Em "Para onde vai o Brasil...", a revista do "Le Monde Diplomatique" dedica especial ao país, abrindo com a previsão de que, depois de décadas de inexpressividade, será a quinta economia em 2014. "A mudança corresponde à chegada ao poder de Lula".
Na manchete "O país onde a esquerda deu certo", a revista pop "Les Inrocks" saúda Lula, que sai "em plena glória", "ergueu seu país ao nível de grande potência internacional" e "é, junto com Mandela, o único sucesso da esquerda nos últimos anos". 
A agência americana UPI despachou a longa reportagem "Brasil se opõe a um papel para a Otan no Atlântico Sul", citando o ministro Nelson Jobim. 
Ecoando por Blue Bus e Radar, o publicitário brasileiro Nizan Guanaes deu entrevista para a CNN, elogiando como "nosso país, sabiamente, desenvolveu uma relação Sul-Sul" com a China, no que é "hoje uma das relações cruciais no mundo". Ele previu "uma década da América Latina" e "um grande século para o Brasil" -e se declarou "muito feliz porque 30 milhões de brasileiros saíram da pobreza".

quinta-feira, setembro 16, 2010

Toda Mídia

Do ex-governador Cláudio Lembo, do DEM, em entrevista ao Terra: "A mídia se engajou, a mídia tem um candidato, o Serra. Está engajada, e com isso se perdeu o equilíbrio". Antes, Carlos Montenegro, do Ibope, em entrevista ao iG: "Essa história de ataques sistemáticos, isso está tornando a Dilma vítima. Estou começando a sentir pena do cerco que a mídia está fazendo". Mas a luta continua. O Radar, da Veja.com, postou à noite que "Denise Abreu aparecerá na propaganda de Serra", acusando Dilma e Erenice Guerra. E o Globo Online, postou que a "propaganda de Serra gravou depoimento de Eriberto França, o motorista que ajudou a derrubar Collor".

DataFolha

Dor de estômago

Bafafá na gravação do programa Jogo do Poder, da CNT. O candidato José Serra irritou-se com perguntas sobre violação de sigilos e pesquisas eleitorais e chegou a levantar-se para interromper a entrevista. Serra queria que os jornalistas perguntassem só o que lhe era agradável. Já é a segunda vez que Serra faz isso - antes expulsou de sua casa jornalistas do Estadão que o entrevistavam e começaram perguntando o que ele não queria. Hoje cedo na gravação, ante perguntas sobre sigilos e sondagens eleitorais Serra alterou-se observando que eles "estavam perdendo tempo falando daqueles assuntos", enquanto deviam dar ênfase aos seus programas de governo. A apresentadora Márcia Peltier havia afirmado que a quebra de sigilos teria acontecido em 2009, antes do anúncio das candidaturas a presidência. Foi o suficiente para o tucano subir o tom.
"Que antes da candidatura, Márcia? Nós estamos gastando tempo aqui precioso, estamos repetindo os argumentos do PT, que você sabe que são fajutos, estamos perdendo tempo aqui." A apresentadora tentou, mas não conseguiu acalmá-lo. "A candidata do PT virá aqui?", perguntou Serra. À resposta afirmativa de Márcia, Serra retrucou: "então, pergunta para ela".
Márcia tentou contemporizar, mas o caldo já havia entornado. Serra levantou-se, tentou arrancar o fio do microfone e avisou que deixaria o estúdio. "Não vou dar essa entrevista", ameaçou. Márcia insistiu nas tentativas de acalmá-lo, mas Serra manteve-se irredutível: "Faz de conta que eu não vim".
"Mas, por quê, candidato?"
"Porque não tem nada a ver com pergunta, não é um troço sério. Apaga aqui."
"O que o senhor quer que apague?"
"Apague a TV pra gente conversar."
A apresentadora pediu que as câmeras fossem desligadas, as luzes apagadas, mas Serra continuou: "porque isso aqui está parecendo montado".
"Montado para quem? Aqui não tem isso", protestou a apresentadora.
"Disseram que eu ia falar de política e economia", continuou o candidato protestando contra as perguntas, até então só sobre os sigilos e pesquisas eleitorais. Só depois de uma conversa reservada com Márcia e o diretor Alon Feuerwerker, Serra concordou em retomar a gravação e falar sobre economia, saúde e saneamento básico.
No encerramento da gravação, questionado pelos jornalistas que cobriam suas atividades diárias de candidato, Serra negou ter se irritado e disse estar "com estômago ruim" porque não tinha tomado café da manhã. As perguntas que irritaram o candidato também foram apresentadas na edição do programa exibida na 4ª feira, 15, `as 22:50h. A reportagem do portal Terra, que acompanhou o entrevero tem os diálogos gravados.
Este é Serra. De corpo inteiro, que sempre se altera e ameaça ante perguntas que não sejam as que quer. Agora, ele se arvora em censor de blogs e da internet. Mas posa de defensor da liberdade de imprensa e hoje é o candidato preferido da grande mídia...

Cápsula da Cultura

quarta-feira, setembro 15, 2010

Arapongagem

Cápsula da Cultura

Rio Negro atinge nível mais baixo

Em Manaus, no Amazonas, o nível do Rio Negro alcançou o nível mais baixo que o medido em 14 de setembro de 1963, ano em que foi registrado a maior vazante de sua história. No interior, sete municípios às margens do Solimões decretaram estado de emergência. De acordo com o Serviço Geológico do Brasil, o Rio Negro está com 19,34 metros, 5 centímetros abaixo do nível medido em 1963. Segundo o engenheiro hidrólogo Daniel Oliveira, se não chover nas próximas semanas, a situação pode ficar crítica. A expectativa é de que chova até o final do mês. Mas, caso isso não aconteça, deveremos bater o recorde histórico de 13,64 metros, registrado em 30 de de outubro de 1963 - afirma.

Tristeza

Muito triste a situação do professorado da rede pública paulista, desprezado, abandonado pelo governo tucano há 28 anos, desde 1983, marco inicial da gestão do governador Franco Montoro, o primeiro tucano a assumir o governo paulista. É dramático o balanço divulgado pela FSP, segundo o qual este ano chega a 46% o número de professores temporários na rede estadual de São Paulo. Os temporários são professores sem estabilidade, sem a maioria dos direitos trabalhistas e estatutários. O índice de 46% é o maior registrado no Estado desde 2005, no mandato de Geraldo Alckmin, agora candidato a Governador. No ano passado, o governador José Serra - hoje candidato da oposição a Presidente da República - anunciou que reduziria a taxa, então de 42%, para 10% em quatro anos. Só que abriu um concurso realizado em março para contratar apenas 10 mil professores e os aprovados só começarão a trabalhar em 2011. Especialistas ouvidos pela Folha consideram que estes profissionais temporários têm impacto direto na qualidade de ensino, porque vivem em permanente instabilidade e enfrentam uma maior rotatividade nos colégios em que trabalham. O jornal nem precisava ouvir esses técnicos. Os exames anuais de avaliação feitos na rede pública no Estado trazem índices cada vez mais alarmantes de deterioração na qualidade do ensino paulista. Como lembro sempre a vocês, eles não estão no governo há quatro anos, estão há 28 anos. A degradação, falência e caos a que chegou a Educação no Estado não tem explicação. Pior é que a cada movimento da categoria em torno de reivindicações, inclusive pela melhoria do ensino público, seus integrantes são tratados a cassetete, com repressão policial dos governos tucanos que não sabem dialogar com os movimentos sociais, jamais negociaram com os professores e consideram suas greves meramente "políticas". É o velho princípio: para governo tucano problemas sociais são questão de polícia.

segunda-feira, setembro 13, 2010

Combate à Corrupção

Houve um tempo, e até bem recente, em que a Justiça só funcionava para os pobres. A situação ainda não se transformou totalmente, mas “nunca antes  na história desse país” se viu tanta gente graúda sendo presa. O governo não é a Justiça, mas quando tem compromisso com a ética leva a ela situações de irregularidades. Desde o início do governo Lula, a Polícia Federal aumentou o número de operações de grande porte e o volume de prisões. E as ações se concentraram, sobretudo, em crimes contra os cofres públicos e a sonegação fiscal. Nunca se viu tanto banqueiro, juízes, políticos, auditores e policiais sendo presos ou processados. De 2003 até o início de setembro desse ano, de acordo com números da PF, foram mais de mil operações, com 14 mil presos, sendo 1.700 servidores públicos. A imprensa, por razões eleitorais, tenta passar a existência de um clima de impunidade no país, principalmente em relação a integrantes do governo, num esforço permanente de desacreditar a política e alienar a sociedade. Os números testemunham. A PF e várias outras instâncias do governo se uniram ao Ministério Público e agiram como nunca. Lula podia comparar as mais de mil operações da PF em seu governo com as 28 dos oito anos de FHC e perguntar quem foi o mais interessado em combater a corrupção no país.

quinta-feira, setembro 09, 2010

Sexpedia

Acabo de ler uma matéria sobre uma pesquisa feita na Universidade Erciyes, na Turquia, segundo a qual os gordinhos conseguem transar por mais tempo do que os mais magros. Segundo o estudo, homens com excesso de peso têm maiores níveis do hormônio estradiol, o responsável pelo desequilíbrio químico que tem esse bem vindo efeito-colateral.

Cápsula da Cultura

quarta-feira, setembro 08, 2010

Toda Mídia

O bilionário George Soros, um dos maiores financiadores democratas nos EUA, doou US$ 100 milhões à ONG Human Rights Group, de Nova York, para que "abra novos escritórios pelo mundo", segundo o "New York Times". E "quer ver a organização levantar mais dinheiro em lugares como Brasil e China". No "Guardian", "a ONG está atenta à força de nações em desenvolvimento como Brasil, África do Sul e Índia, que agora podem ter mais peso em suas regiões do que Washington". O "NYT" também publicou que James Cameron, "anunciou planos para fazer um outro filme em três dimensões sobre um povo tentando conservar a sua terra". Mas, "diferentemente de 'Avatar', será sobre a tribo caiapó no Brasil e seu esforço para impedir a construção de Belo Monte".  De Fidel ao Irã. O cubano conversou por cinco horas com Jeffrey Goldberg, da"Atlantic" sobre o risco de guerra contra o Irã. No destaque on-line da revista, "Fidel para Ahmadinejad: Pare de maldizer os judeus". Fidel Castro questionou o anti-semitismo seguidamente e afirmou que Teerã deveria entender que "ninguém foi mais perseguido que os judeus". Um dos dois repórteres do caso Watergate, Bob Woodward lança "Guerras de Obama" no próximo dia 27, depois de "um ano e meio de trabalho nos bastidores" do governo Obama, noticiou ontem a ABC. 

quinta-feira, setembro 02, 2010

Cápsula da Cultura

O errante navegante

Numa estratégia de desespero diante da forte queda nas pesquisas, Serra optou por uma campanha esquizofrênica. Ora tenta atrelar-se a Lula. Ora coloca-se numa oposição vacilante, sem bandeira, sem convicção, evasivo. Serra erra na fórmula e no conteúdo. "Serra e Lula, dois homens de história, dois líderes experientes", prega seu programa na TV, para logo depois ele mesmo estar nas ruas a criticar o Governo. Bob Jefferson, botou o dedo na ferida da nau tucana: "Não adianta fingir que é Grêmio, se você é Internacional", e segue no ataque: "Serra é responsável pela nossa dispersão, nunca nos reuniu". Serra errou na construção de sua imagem, no marketing do Zé que não convence. Errou na acomodação inicial diante da vantagem que carregava por simples inércia. Errou no timing da candidatura e errou ao desconsiderar aliados, com a sua postura senhorial e desconexa. A candidatura segue agora em mares revoltos, fazendo água por todos os lados. Com o sentimento de desalento tomando conta e a arrecadação minguando, aliados abandonam o barco. Para tentar diminuir a distância oceânica que o separa da adversária, Serra dá mais uma guinada de rota, com o risco inexorável de bater nas pedras. Vai rumo ao tudo ou nada, prepare-se, caro eleitor, está aberta a temporada de golpes baixos. Quebraram o sigilo??? Culpa da Dilma!!! Uma ditadura está sendo construída??? Culpa da Dilma!!! A gritaria simplista e ingênua dá conta da fragorosa derrota que se avizinha. Até mesmo em São Paulo, terreiro da hegemonia tucana, onde Serra foi deputado, senador, prefeito e governador, Dilma está na frente. Retrato de uma oposição claudicante. Serra bateu o pé para que seu nome fosse ungido dentro do PSDB, sem permitir prévias contra Aécio Neves. Em 2006, esticou até onde pôde, atrapalhando a campanha de Alckmin. Em 2002, impôs seu nome ao Presidente FHC, que, no fundo, sabia da fragilidade política e do impulso desagregador do amigo. Hoje, Serra colhe as tempestades...

quarta-feira, setembro 01, 2010

IBGE

Cápsula da Cultura

Quando a oposição perde...

Quando a oposição é devastada pelo resultado eleitoral, alguém grita: "PRI". É um grito de advertência contra a instalação de um regime de partido único. Algo parecido com a coligação que governou o México de 1926 a 2000, sob a sigla do Partido da Revolução Institucionalizada. O apito de PRI costumava soar depois da eleição. Agora ele veio antes, com um inoportuno componente de derrotismo. Ele soou em 1970, quando a popularidade do General Médici e os camburões da polícia esmagaram o MDB. A oposição ficou com 87 das 310 cadeiras da Câmara, perdendo até o terço necessário para requerer uma CPI. O governo elegeu 42 senadores. Era o PRI. Quatro anos depois, o MDB elegeu os senadores em 16 dos 22 estados. Não se falou mais em PRI. Em 1986, cavalgando o Plano Cruzado, o PMDB de José Sarney elegeu 22 governadores, 36 senadores e a maioria dos deputados. Novamente: PRI! Desde então, o apito calou-se, para voltar a ser ouvido agora. Falar em PRI no Brasil quando o PSDB caminha para completar vinte anos de poder em São Paulo é, no mínimo, uma trapaça. Sabendo-se que o PT conformou-se com uma posição subsidiária nas eleições para governadores, o espantalho torna-se risível. Mas o paralelo histórico tem algo a informar. O PRI surgiu depois de uma revolução durante a qual mataram-se três presidentes. Seu criador não foi Emiliano Zapata, muito menos Pancho Villa, mas o General Plutarco Elias Calles, que assumiu em 1924 e governou até 1935, fazendo-se chamar de "Jefe Máximo". Esse período da história mexicana é conhecido como "Maximato". A má notícia para quem flerta com um "Lulato" é que um dia "El Jefe Máximo" teve uma ideia e decidiu entregar o poder ao companheiro de armas Lázaro Cárdenas. Encurtando a história, Cárdenas dobrou à esquerda, exilou meia dúzia de larápios do "Maximato" e, em 1936, despachou o próprio Calles, que ralou cinco anos de exílio. O que está aí para todo mundo ver é Lula pedindo votos para sua candidata, e uma grande parte do eleitorado, consciente e satisfeita, dizendo que atenderá com muito gosto ao seu pedido. Um país com a sofisticação econômica do Brasil, com a qualidade da sua burocracia e com o vigor de suas instituições democráticas não cai nas mãos de um PRI. Apitando-se, faz-se barulho, e só. O problema da oposição brasileira, com sua vertente demófoba, chama-se Lula, "El Jefe Máximo", que o embaixador Celso Amorim chamou de "Nosso Guia" e Dilma Rousseff qualificou como o "Grande Mestre".