segunda-feira, dezembro 18, 2006

Previsões para 2007

Eu não sou, nem devo ser, astrólogo. E fazer previsões é especialmente arriscado no Brasil. Mesmo assim, boa parte dos problemas políticos e das chamadas questões nacionais, permitem, sim, um prognóstico de Ano Novo. Embora correndo riscos, portanto, o signatário considera que, em 2007, vai muito provavelmente acontecer o que se segue com os temas listados:
Ajuste fiscal: o economista, Delfim Netto vem há tempos batendo na tecla de que está em curso uma assustadora conta que não fecha na economia. Previsão: pouco ou nada vai mudar da tendência em 2007, apesar da conversalhada a respeito. Os "desenvolvimentistas" do governo vão dizer que fazer cortes significa cortar na área social. Empurra-se tudo com a barriga.
Base aliada: as bancadas que apóiam o Governo, depois de cobrarem alto preço por isso, vão continuar dando constantes sustos no Planalto.
Banco Central: seja quem for o presidente, e seja qual for a velocidade em que promover a baixa dos juros, será malvisto e criticado e levará a culpa pelo baixo crescimento do país. Pouquíssima gente reconhecerá seu papel no combate, bem sucedido, à inflação.
Congresso Nacional: mesmo renovado em 40%, deve manter o padrão. Não vai moralizar gastos excessivos. As CPIs que não derem em pizza serão as de importância secundária. Crescimento: a cifra que vier a apresentar estará invariavelmente abaixo dos desejos de boa parte da sociedade.
Justiça: apesar da justeza da reforma empreendida este ano, continuará lenta e injusta.
Oposição: fará muito barulho e fingirá estar unidíssima.
Polícia Federal: continuará fazendo operações espetaculares e colocando algemas em alguns figurões. Enquanto isso, sobrecarregada, com menos gente do que precisaria ter e menos dinheiro e dividida em várias facções políticas.
Política externa: o presidente Lula continuará tendo idéias e fazendo viagens.
PMDB: guloso e voraz, o partido faltará no Congresso em momentos importantes
Reforma política: agora que o Supremo derrubou a cláusula de barreira, só serão aprovados pelo Congresso penduricalhos sem importância. Nenhum dos temas-chave seguirá adiante. Reforma da previdência: todo mundo continuará a favor, desde que só sejam cortados os benefícios alheios.
Segurança pública: haverá profunda indignação a cada crime especialmente pavoroso ou crise grave.

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