segunda-feira, janeiro 29, 2007

PAC prevê investimentos de R$ 503 bi

O Presidente Lula lançou o Plano de Aceleração do Crescimento (PAC), que prevê corte de impostos e investimentos de R$ 500 bilhões até 2010, com prioridade para a infra-estrutura. Lula afirmou que o pacote vai permitir ao país crescer de forma mais acelerada. O programa engloba um conjunto de medidas destinadas a desonerar e incentivar a iniciativa privada, aumentar os investimentos públicos e aperfeiçoar a política fiscal.

sexta-feira, janeiro 26, 2007

HAJA ASPIRINA!

Como diz aquele slogan, "Se é Bayer, é BOOOOM"!!!

O Kara!!!!

O Metalurgico

O afastamento de Castro, em Cuba, deixou espaço para uma discussão de como dar um pouco mais de racionalidade à economia do país, por meio do estabelecimento de incentivos que permitam aos cidadãos apropriarem-se de parte dos benefícios de sua iniciativa. No mesmo momento, Venezuela, Bolívia e Equador anunciam o caminho contrário. Depois de chegar ao poder em 1959 e de introduzir o planejamento central, Castro tentou, no período 1966-70, criar o "novo homem", educando a classe urbana ( como já haviam tentado Stálin e Mao) , mandando-a cortar cana, e estatizando até pequenos negócios. Com o fim da ajuda soviética, houve pequenas liberações e iniciou-se uma discussão que, ao transcender o círculo governamental, foi cruelmente interrompida em 1996. Agora a mesma discussão está discretamente voltando à tona. Chávez, aparentemente, acredita que terá sucesso na criação do "homem novo", que se moverá pelo altruísmo e, generosamente, obedecerá à sua liderança. Crê que vai ter êxito onde tantos fracassaram. Algumas pessoas temem que o Presidente Lula possa entusiasmar-se com tal idéia, tão generosa quanto desastrosa. Para estes, recomendo um pequeno excerto do discurso de posse de Lula no Sindicato dos Metalúrgicos, no dia 19 de abril de 1975: "O momento da história que estamos vivendo apresenta-se, apesar dos desmentidos em contrário, como dos mais negros para os destinos individuais e coletivos do ser humano. De um lado, vemos o homem esmagado pelo Estado, escravizado pela ideologia marxista, tolhido nos seus mais comezinhos ideais de liberdade, limitado em sua capacidade de pensar e se manifestar. E, no reverso da situação, encontramos o homem escravizado pelo poder econômico, explorado por outros homens, privados da dignidade que o trabalho proporciona, tangidos pela febre de lucro, jungidos ao ritmo da produção, condicionados por leis bonitas, mas inaplicáveis, equiparados às máquinas e ferramentas. " Lula nunca foi aprisionado no dogmático marxismo de "pé quebrado" que freqüentou nossas academias e encantou muitos de nossos "intelectuais". Talvez registre alguma influência da solidariedade concreta de Dom Cláudio Hummes à greve de 1979, quando o "Partidão" e grandes políticos do MDB se esquivaram de apoiá-la.

sábado, janeiro 20, 2007

ENTREATOS E PEÕES EM DVD


ENTREATOS
De 25 de setembro a 27 de outubro de 2002 a equipe de filmagem acompanhou passo a passo a campanha de Luís Inácio Lula da Silva à presidência da República. O filme revela os bastidores de um momento histórico através de material exclusivo, como conversas privadas, reuniões estratégicas, telefonemas, traslados, gravações de pronunciamentos e programas eleitorais.
PEÕES
A história pessoal de trabalhadores da indústria metalúrgica do ABC paulista que tomaram parte no movimento grevista de 1979 e 1980, mas permaneceram em relativo anonimato. Eles falam de suas origens, de sua participação no movimento e dos caminhos que suas vidas trilharam desde então. Exibem souvenirs das greves, recordam os sofrimentos e recompensas do trabalho nas fábricas, comentam o efeito da militância política no âmbito familiar, dão sua visão pessoal de Lula e dos rumos do país.

Essa é boa...

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Somos todos marxistas

Marc Bloch, o grande historiador, disse a um amigo pouco antes de ser fuzilado pelos nazistas em junho de 1944: "Eu também sou marxista, mas não tenho nenhuma necessidade de dizê-lo; sou marxista como sou cartesiano".
Este é o ponto. Hoje, somos todos "marxistas", exatamente como somos cartesianos, kantianos, weberianos, keynesianos, freudianos, einsteinianos e assim por diante...
Para qualquer animal inteligente, Marx continua necessário, ainda que não seja suficiente. Os dois gigantes que o habitavam, o teórico e o revolucionário, foram pouco a pouco tomando distância entre si. O pensamento do velho Karl é uma máquina diabólica: seqüestra o leitor que não encontra saída fácil. Precisa de muito esforço para livrar-se das suas engrenagens lógicas e não o faz sem levar marcas indeléveis. De sua obra teórica ficaram sólidos resíduos, incorporados definitivamente à consciência da humanidade, mas que vão perdendo a sua identidade ao submergirem no que se supõe ser o estoque das "verdades" que conhecemos. O grande potencial da hipótese do materialismo histórico acabou aprisionando numa órbita em torno de Marx quase todos os construtores da sociologia ( Weber, Durkheim e Pareto) . Estes tentaram fugir à força de atração de Mefisto negociando com ele. E como se pode entender de outra forma a obra de Aron, de Mannhein, de Wright Mills ou de Schumpeter? A obra de Marx só não conheceu ainda a mais completa absorção pela corrente do pensamento universal porque, falsificada, transformou-se numa espécie de religião oficial do Império Soviético. Em lugar de uma sociedade sem classes e livre, construíram um mundo fantástico de opressão e de obscurantismo, como só intelectuais são capazes de fazer.
Portanto, ainda que alguns lamentem, hoje todos podemos ser marxistas "sem medo de ser feliz". ..

SPFC 2007

Como aconteceu nas últimas duas temporadas, o São Paulo terá numeração fixa em 2007.
As camisas usadas por Mineiro (7) e por Rodrigo Fabri (18) permanecem sem donos.
Veja a numeração completa do Tricolor:
1 - Rogério Ceni
2 – Ilsinho
3 - André Dias
4 – Edcarlos
5 – Miranda
6 – Júnior
8 – Josué
9 – Leandro
10 – Souza
11 – Hugo
12 – Maurinho
13 – Reasco
14 – Aloísio
15 - Alex Silva
16 – Jadílson
17 – Borges
19 – Thiago
20 – Richarlyson
21 – Rafinha
22 – Bosco
23 – Lenilson
25 – Alex
29 – Caiuby
30 - Francisco Alex

Tendências

Diz o senso comum que os bancos lucram muito por causa dos juros altos. Trata-se de um equívoco. Em 2007, os juros devem cair de novo. A taxa Selic deve ficar abaixo de 12%, mas os lucros dos bancos tendem a ser maiores. Os bancos não vivem de emprestar dinheiro. Ganham comissões por operações, derivativos, engenharia financeira e correlatos. Dizer que os bancos lucram muito por causa dos juros altos equivale a afirmar que os supermercados se beneficiam de uma alta no preço. Os supermercados tendem a lucrar mais se os preços estiverem em queda, a atividade econômica se expandir e a inflação baixar, pois venderão mais. Ganham na diferença entre o valor da compra e o da venda. A margem dos supermercados é o mesmo que o spread dos bancos. A lógica é basicamente a mesma. Os juros altos beneficiam na verdade os poupadores. A pessoa que acredita que os juros altos beneficiam os bancos pode ser a mesma que aplica seus recursos em renda fixa. Por não entender como a coisa funciona, ela não vê que seus rendimentos podem vir dos juros dos títulos públicos, que constituem o lastro do respectivo fundo de investimento. Ou seja, é ela, nesse caso, quem ganha os juros altos. Ao contrário do que se pensa, a queda dos juros tende a aumentar o lucro dos bancos. Juros mais baixos atraem mais tomadores de crédito, o que aumenta a escala. Como os bancos ganham no spread, quanto mais emprestam mais lucram. Além disso, juros mais baixos reduzem a inadimplência e o prejuízo com os maus devedores. Diz-se que os bancos são um cartel que dita as taxas de juros aos tomadores. Estudos recentes provam, ao contrário, que nosso sistema bancário exibe níveis de concorrência similares aos de países desenvolvidos. Além disso, o sistema é sofisticado em termos operacionais e tecnológicos. Está preparado para expandir o crédito e ganhar mais. A relação entre o crédito e o PIB no Brasil, de 33, é muito baixa quando comparada à de países como Chile e México. Essa relação pode chegar aos 50% mencionados pelo presidente Lula no discurso da nova posse, por conta da ampliação do crédito imobiliário nos próximos anos. Os bancos serão grandes originadores dessas operações. Vão ganhar mais. Quanto menores forem os riscos inflacionários, mais os juros cairão e maior será a oferta de crédito na economia. Se for possível eliminar a esquisita cunha de tributos nas transações financeiras e melhorar a segurança jurídica, o spread diminuirá, reduzindo adicionalmente os juros. A lucratividade dos bancos não é a maior do Brasil. Com a estabilidade macroeconômica e a redução da volatilidade, muitas empresas brasileiras emergiram como campeãs de lucros robustos e passaram a investir lá fora. Algumas alçam novos vôos e se tornam gente grande na economia mundial. Os lucros permitem que os bancos se capitalizem e assim adquiram maior capacidade de financiar as empresas e os consumidores, investir em tecnologia e aumentar seu poder de competição no mundo globalizado. Um sistema financeiro hígido e eficiente na intermediação financeira é uma das principais condições para o crescimento sustentado. O preconceito capitalista ainda presente em parte da sociedade brasileira e a dificuldade de muitos para entender a lógica econômica explicam por que a atuação dos bancos é vista com desconfiança. Uma análise serena e não ideológica dirá, entretanto, que seus lucros não fogem a padrões de outros países. No governo, melhorou a supervisão bancária do Banco Central. Aqui fora, é preciso entender mais como funciona o sistema financeiro, para evitar que se erre na crítica.

terça-feira, janeiro 09, 2007

Youtube liberado - mas sem Cicarelli

Política & Cia

José Dirceu tem muitas idéias. Lula sabe disso. O presidente está fingindo que não ouve Dirceu. É compreensível. Resta saber quem Lula está ouvindo para fazer o país andar.
José Dirceu acha que o país tem que botar em prática um plano nacional de desenvolvimento urbano. Muitos vão dizer que é conversa fiada. Mas quem quiser desbastar um pouco o preconceito pode enxergar aí matéria-prima mais consistente do que toda essa cantilena da aceleração do crescimento.
Dirceu é autoritário, despótico, e a medida de seus atos é, acima de tudo, sua tara pelo poder. Mas é preciso prestar atenção nas suas idéias. Uma das últimas mudou a história do Brasil. É dele a engenharia do Lulinha Paz e Aamor, da marcha do ex-operário, das alianças pragmáticas e da conversão relâmpago do PT ao Mercado. Ou seja, foi Dirceu quem tirou Lula de um lugar na política brasileira que hoje poucos se lembram. Dirceu ressuscitou Lula.
No governo, como se sabe, tudo tinha que passar por ele. Esse era o combinado: Lula faria o redentor mundo afora, e Dirceu governaria. Seu plano era acalentar o país com o fortalecimento da estabilidade. Bob Jeff atrapalhou a montagem do Império Petista, mas depois da saída de Dirceu o governo nunca mais teve cara. Agora está tentando se reinventar, mas falta-lhe personalidade. Lula se ressente da sua eminência parda.
De sua trincheira, o ex-deputado dispara muita laranjada ideológica, muita panfletagem chavista, mas mostra que continua sendo o Homem de Estado de Lula. Com a proposta, Dirceu cutuca a falta de imaginação que cerca o Presidente. E mostra que o debate sobre crescimento econômico não precisa estar condenado à monotonia dos juros.
Um programa de investimentos focados em infra-estrutura e segurança, sem explosão orçamentária nem delírio fiscal, mas com hierarquização de projetos e contrapartida clara aos investidores. Uma forma de mobilizar forças públicas e privadas, combater o custo Brasil e semear crescimento econômico real, fugindo da obsessão com a política monetária. Não é a descoberta da pólvora, mas é um ponto de partida mais interessante do que toda a literatura que tem saído.
A idéia tem três problemas: requer alguém no governo capaz de montar um grande plano de gestão, capaz de ter coragem para levá-lo adiante, e, antes de tudo, capaz de levar Zé Dirceu a sério.

Brasileiro