quinta-feira, fevereiro 15, 2007

A opção pelos pobres

É consenso entre gregos e troianos que a distribuição de renda e riqueza do Brasil é das piores do planeta. Delfim afirmou que a culpa dos problemas brasileiros tem origem na "Constituição cidadã". No passado, o superpoderoso ministro Delfim afirmou: "É preciso fazer o bolo crescer para depois reparti-lo". Está implícita nesta tese que a repartição de rendas por políticas sociais são pró-civilização, porém contra o desenvolvimento. Esta tese merece ser examinada com muito cuidado. As empresas brasileiras não estão investindo. Isto não acontece porque sua lucratividade é baixa. Investem pouco na esfera produtiva porque o mercado interno tem um crescimento medíocre, tanto que aquelas voltadas para o exterior estão crescendo. Nossas empresas utilizam seus bons resultados para reduzir seu endividamento e se possível aplicar. Delfim, em tempos de "esperar o bolo crescer", defendeu com unhas e dentes a tese de que o banco comercial privado brasileiro deveria se converter em um "supermercado financeiro". Hoje nossos bancos são supermercados gigantescos. Transferem para as tarifas a cobertura dos seus custos e ganham liquidamente em todas as operações financeiras. Porém, o banco não cumpriu a profecia. Cresceu e manteve a "preferência irrestrita pelo mercado de capitais". O Bradesco está se desligando da forte posição que adquiriu, extremamente barata, da Vale do Rio Doce para aumentar a capitalização do banco. O gasto público cresce no Brasil pelo pagamento de juros, que em 2006 superaram R$ 160 bilhões, e vão para poucos. Em sua maioria esses recursos retornam ao mercado financeiro. Combinam medíocre crescimento, concentração de riqueza e torpor produtivo. O gasto público cresce com pagamentos a funcionários, custeio e políticas públicas. Isto alimenta um gasto que vai direto para a economia interna. O fato da Bolsa Família ter crescido no Nordeste foi registrado pelas redes de supermercado da região, que festejaram melhores vendas. A Previdência Social está debilitada. Cabe, contudo, não esquecer que o déficit de R$ 42 bilhões, equivale a apenas 25% dos reais pagos de juros. São milhões de idosos e trabalhadores rurais que não contribuíram; são algumas centenas de milhares de portadores de deficiência de famílias pobres e são os que no nível inferior do leque de pensões têm todos os anos alguma melhoria pela elevação do poder de compra do salário mínimo. Cabe ao leitor julgar méritos e deméritos dos tipos de gasto público. Considero que o gasto não financeiro é o mais justo e amplia o mercado interno. Obviamente, pode e deve ser aperfeiçoado, porém recortá-lo produz "apagões". O atual governo expandiu o gasto público a partir de uma opção preferencial pelos pobres – consagrada pela "Constituição Cidadã". Esta opção é meritória e ajuda a economia. Porém, é insuficiente. A opção pela inclusão social somente será possível se houver a multiplicação de empregos de qualidade. Ela supera em grande parte a falta de perspectivas, particularmente assustadora para a juventude. A geração de empregos exige investimento público para desinibir e criar a base articulada dos investimentos privados. A expansão do gasto financeiro do setor público veta o investimento e premia a acumulação financeira.

Produtos sem rodeios


Pano prá mangas

O imprensalão tucanizado que nada tinha para fazer nesses dias que precedem o carnaval agora já pode correr para o teclado: o documento elaborado por um grupo de petistas paulistas já provoca reações histéricas. O ponto central - que atropela por fora até as proposta de fusão da Câmara e do Senado e a do fim da reeleição - é o da autorização para que o Presidente da República possa convocar plebiscitos e referendos independente do querer do legislativo. A inquietação ante o perigo de uma tentativa de dar a Lula o direito a um terceiro mandato faz tucanos, pefelistas e o impresalão borrar as calças. O que é a história! Os neoliberais que aprovaram, por via indireta, a reeleição de FHC e admiravam essa terra de Santa Cruz com olhos desde Oxford estão descobrindo que Brasil de fato se escreve com "B", "B" de Bernardo, leia São Bernardo.
Se, por via indireta, a reeleição foi viável e democrática que mal faz uma consulta popular?

Mãos ao alto!!!

A indústria da multa instalada pelos sucessivos governos tucanos nas estradas paulistas tem sido a farra do boi das administrações Covas, Alckmin e Serra.
O imposto do cheque - CPMF - é uma brincadeira de criança perto do que o governo do estado proporcionalmente vem acumulando na surdina.
O sistema de defesa não funciona e o furto legalizado pelo Departamento de Estradas de Rodagem segue em frente.
O imprensalão bem que poderia trabalhar um pouco, reportar faz bem a saúde...o jornalismo vibrante foi em determinada época uma arma do povo.

quarta-feira, fevereiro 14, 2007

Perólas Tucanas

Sabe aquele bordão da campanha presidencial - "Vou vender o AeroLula"?
Terá que sair do dicionário tucano por um bom tempo.
É que o avião do governo paulista, que Alckmin se orgulhava de ter vendido foi recomprado pelo governo de SP e está sendo usado por Serra. A aeronave foi comprada pela Cesp em 1985, e desde então era usada pelos governadores. Cláudio Lembo, se desfez dela quando parte da Cesp foi privatizada. O Secretário Estadual dos Transportes negociou a recompra do avião pelos mesmos US$ 4 milhões. Segundo ele, despesas com aluguel de aeronave acabariam superando o que o governo gastou para readquirir o avião e o que vai despender com manutenção.

KD???


Moeda de 32 a.C. mostra a rainha egípcia Cleópatra com queixo e nariz grandes, contrariando a imagem histórica de mulher bela que seduziu os imperadores romanos Júlio César e Marco Antônio.

Será???

Laudo condena outra obra de metrô em SP

A estação Fradique Coutinho da Via Amarela do Metrô de São Paulo apresenta graves problemas em sua estrutura metálica e pode registrar acidentes de proporções imprevisíveis, segundo laudo técnico. O documento, feito há duas semanas, foi escondido e a obra seguia normalmente, apesar da recomendação de interrupção. A estação é próxima da de Pinheiros, que desabou em 12 de janeiro, matando sete pessoas. O inspetor Nelson Damásio, credenciado pela Fundação Brasileira de Tecnologia de Sondagem, contratado pelo consórcio de empreiteiras, disse em seu laudo, feito em vistoria no dia 27 de janeiro: "A situação da estrutura implica sério risco de rompimento das soldas, podendo ocasionar acidentes de proporções imprevisíveis".

Coréia do Norte aceita desarmar-se

A Coréia do Norte concordou ontem, após árduas conversações, em desligar seu principal reator nuclear e eventualmente desmantelar seu programa de armas nucleares em troca de US$ 300 milhões em ajuda, quatro meses após o Estado Comunista ter chocado o mundo ao testar uma bomba nuclear.

Que Cena!!!

Um leitor do Blog, saliente que só ele, esteve sábado numa farmácia, atrás de um daqueles remédios para dar uma força. O balconista, ao ouvir o pedido, não conversou:
- Ô Fulano, pega aí uma caixa de PAC!!!
O cliente pediu a tradução simultânea:
- Ué, Pílula para Aceleração do Crescimento.
Faz sentido.

O aperto do ministro

Guido Mantega, o ministro da Fazenda, sacudiu o comitê de imprensa da Câmara na terça à noite. A sessão que discutia o PAC ia longe e o homem estava sofrendo com a aceleração do crescimento da vontade de fazer xixi. Guido, apertado, entrou logo na sala onde estavam os coleguinhas. Constrangido, ao se pronunciar, foi só para perguntar onde ficava o banheiro. Estava no limite da responsabilidade.

terça-feira, fevereiro 13, 2007

Belezas de Brasília

Nem só de Manuela d´Avila (PC do B-RS) vive a face renovada da Câmara dos Deputados.
Rebecca Martins Garcia, eleita pelo PP do Amazonas, é páreo duro para Manuela.
Formada em Economia pela Boston University, empresária, ex-diretora-presidente do jornal O Estado do Amazonas, Rebecca jamais havia feito política antes.
Até que se filiou ao PP em 2003 e se elegeu deputada federal no ano passado.

Homenagem a Dirceu abre encontro do PT

A campanha pela anistia do deputado cassado José Dirceu foi lançada em uma homenagem prestada ao ex-ministro pela Juventude Petista. A homenagem a Dirceu foi realizada no Teatro Jorge Amado, em Salvador, no 3º Encontro Nacional do PT.
Em seu discurso no Teatro Jorge Amado, Dirceu não fez nenhuma menção à campanha. Ao final do ato, no entanto, o ex-ministro recebeu de presente um cartaz em que aparece participando de uma manifestação, como líder estudantil, em 1968. Abaixo da fotografia de Dirceu, a palavra de ordem: "Anistia Já!"
"Minha geração deu ao Brasil o que tinha de mais precioso: a própria vida. Hoje temos liberdade, democracia, o governo e uma força social que jamais tivemos antes", disse Dirceu em seu discurso. "Há uma revolução silenciosa em curso no Brasil, por meio da distribuição de renda e uma mudança nas estruturas sociais", prosseguiu o ex-ministro. Embora não faça parte da direção nacional do PT, Dirceu está cada vez mais ativo dentro da legenda. Ele prega a organização do partido para se manter no governo além do segundo mandato de Lula. "Oito anos é muito pouco tempo para fazermos a transformação necessária. O Lula é maioria no país, mas o PT ainda não é.".

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

O silêncio da mídia com o desempenho dos Fundos

Vocês se lembram da campanha contra os Fundos de Pensão dizendo que eles eram aparelhados pelo PT, que não eram bem administrados?
Agora, nossa mídia e a oposição, principalmente o PFL, se fazem de mortos, diante dos bons resultados obtidos por esses Fundos.
A Funcef teve o mais alto rendimento de sua história, como já noticiei aqui, e seu patrimônio chegou a R$ 24 bilhões.
Agora saíram os dados do balanço da Previ: um patrimônio de R$ 100 bilhões. Isso mesmo, um senhor patrimônio dos trabalhadores. Bem gerido e administrado por seu conselho, democraticamente eleito pelos participantes do Fundo. Não tem nada de aparelhamento. A sua gestão é um exemplo de democracia, transparência e obediência às leis e normas do mercado. E é rigorosamente fiscalizada pela CVN, pelo CNM e pela Secretaria da Previdência Complementar.Esses resultados demonstram o quanto a nossa mídia e a oposição foram irresponsáveis, colocando em risco um patrimônio do Brasil e dos trabalhadores das empresas que organizaram seus Fundos de Previdência Complementar. Em 2003, o patrimônio da Previ era de R$ 58 bilhões. Agora, praticamente dobrou.
Mais importante ainda do que esses números positivos, é o fato de que suas aplicações promovem o desenvolvimento do país, na mineração, energia elétrica, petróleo e gás, siderurgia, telecomunicações, transportes, setor financeiro, entre outros. Ou seja, apóiam o esforço de aumentar a poupança e o financiamento da economia nacional. E garantem a complementação da aposentadoria para centenas de milhares de trabalhadores.
Nota 10 para a Previ e sua direção. Parabéns para o Brasil!.