segunda-feira, outubro 16, 2006

Hehehe

Renda Chinesa

Vale a pena recordar a importante reportagem de Fernando Canzian, enviado meses atrás ao nordeste do Brasil pela FSP, para relatar os efeitos das políticas governamentais voltadas para os mais pobres. Saiu em 11 de junho. Clique aqui para ler a reportagem completa ("Renda chinesa" aquece a economia e ameaça contas). Lula vai bem no nordeste, mas vai bem também nos "nordestes" que rodeiam os principais núcleos urbanos. O pequeno varejo dos grandes centros é o termômetro mais sensível à variação da renda dos mais pobres. E o Brasil tem muitos nordestes. Ainda que eles pareçam invisíveis de vez em quando.

O Golpe!!!

Diretamente envolvidos na divulgação distorcida dos fatos e das fotos referentes ao dossiê Serra, a FSP, bem como a Rede Globo, mantêm silêncio envergonhado sobre graves denúncias veiculadas pela revista Carta Capital. A edição que está nas bancas mostra o conluio entre jornalistas e o delegado Edmilson Bruno para divulgação, às vésperas do primeiro turno, das fotos do suposto dinheiro destinado à compra do dossiê Serra. Paulo Henrique Amorim e Luis Nassif rompem esse silêncio e comentam a matéria. Seus artigos não deixam dúvida sobre a gravidade dos fatos expostos e, mais grave ainda, sobre a omissão da imprensa brasileira. O Observatório da Imprensa também comenta a reportagem. “A ser verdadeira, como tudo indica, é um libelo contra a grande mídia brasileira”, diz a nota do site. Para Paulo Henrique Amorim, a reportagem de Raimundo Pereira mostra que um golpe de Estado levou a eleição para o segundo turno. Ele enumera 14 pontos demonstrados pela reportagem – por exemplo, o fato de que as equipes de televisão da campanha de Alckmin chegaram ao prédio da PF antes dos presos. E o fato de que a imprensa omitiu a informação de que o procurador da República Mario L. Avelar é o mesmo do "caso Lunus", que detonou a candidatura Roseana Sarney em 2002. Sobre o delegado Edmilson Bruno, Amorim observa que a matéria da Carta Capital demonstra que ele tirou fotos do dinheiro de forma ilegal e as distribuiu a jornalistas. Que contou com a cumplicidade dos jornalistas para fazer de conta que as fotos tinham sido roubadas dele e que procurou um repórter do JN para entregar as fotos. “Em 1982, no Rio”, diz Amorim, “quase tomaram a eleição para governador do Brizola.”, recorda. “Está tudo pronto para o segundo golpe”, conclui Amorim. E se for tudo parar na Justiça Eleitoral? Marco Aurélio Mello já deixou luminosamente claro, nas centenas de entrevistas semanais que concede a quem bater à sua porta, que é favor da candidatura Alckmin.” Luiz Nassif, em seu blog, começa observando que Raimundo Pereira sempre teve compromissos políticos. “Mas manteve intacto o compromisso com o jornalismo”, diz Nassif. O que está acontecendo com a imprensa brasileira é muito grave. Trata-se de uma perda total de sua função social, que é informar corretamente os cidadãos. Para isso, uma condição fundamental é o compromisso com a verdade. Chegar a essa verdade implica ouvir o contraditório, fazer apurações rigorosas, expor todos os lados da questão, relatar os fatos com isenção. A mídia brasileira de maior visibilidade está partidarizada, em campanha contra a reeleição de Lula. Isso é lamentável, porque representa um golpe nos princípios republicanos e democráticos. O jornalismo crítico, fiscalizador – e não partidarizado -- é essencial para o desenvolvimento de uma verdadeira democracia.

sábado, outubro 07, 2006

Pedofilia

Chega de hipocrisia.

Vamos seguir o exemplo da Grécia, berço da cultura e da democracia, que, por amor à verdade e para entrar na União Européia, decidiu incluir o contrabando, a prostituição, as propinas, a pirataria, o tráfico, a lavagem de dinheiro, o mercado negro, o caixa dois, ou seja, tudo o que o "nosso Delúbio" chamaria de recursos não-contabilizados, no cálculo do PIB. Afinal, se dinheiro não tem cor, raça ou ideologia, PIB precisa de bons antecedentes? Se essas riquezas foram produzidas legal ou ilegalmente é um detalhe que não compromete o fato econômico. Esse dinheiro, ainda que sujo, existe realmente, entrou na roda e acabou até pagando impostos indiretamente. A Grécia acredita que, com esses critérios honestos e sinceros, o PIB do país possa aumentar nominalmente em 10%. Imaginem o Brasil! Com certeza nosso PIB vai dar um salto espetacular e se aproximar do que realmente é. Ninguém mais vai se alarmar com o tamanho da dívida publica em relação ao PIB. Os cálculos de renda per capita e programas sociais terão de ser refeitos. Que dirão investidores e economistas diante dos novos números? Provocarão um afrouxamento da politica fiscal? Aumento de investimentos e gastos públicos? Quem sabe até uma diminuição da carga tributária? Mas, diante dos números eloqüentes da verdade, o que seria mais vergonhoso: o crescimento do nosso PIB de fachada ou o novo PIB ampliado, incluindo as nossas incomensuráveis riquezas não-contabilizadas? Ou a diferença entre os dois?

sexta-feira, outubro 06, 2006

Cara a cara, frente a frente, tête-a-tête.

Vamos ter a chance de escolher pela primeira vez na nossa história republicana dois modelos de governo que rodaram por essas paragens e ainda estão na fita, a comparação é direta. São números que podem ajudar dia 29 na hora de votar. Compare os números que o imprensalão não publica:

Média da balança comercial em bilhões de dólares
FH (95/98): - 5,886
FHC (99/02): + 3,444
Presidente Lula (2003/05): +34,420 (recorde histórico)

Superávit comercial em bilhões de dólares
FHC (95/02): - 8,7 (déficit)
Presidente Lula (2003/05): +103,0

Risco Brasil em pontos
FHC (2002): 1.445
Presidente Lula (2006): 204 (recorde - o mais baixo da história)

Taxa de juros
FHC (2002): 25,00% (com picos de 40%)
Presidente Lula (2006): 14,25% (em queda)

Inflação
FHC (2002): 12,5%
Presidente Lula (2006): 5,7%

Dólar/ Real:
FHC (2002): 3,53 (com picos de 4,00)
Presidente Lula (Jan/06): 2,26 (em queda)

Ranking do PIB Mundial em trilhões de dólares
FHC (2002): 1,340 = 10º posto.
Presidente Lula (2004): 1,492 = 8º posto.

Bovespa em pontos
FHC (2002): 11.268
Presidente Lula (Jan/06): 35.223 (recorde histórico)

Dívida externa em bilhões de dólares
FHC (2002): 210
Presidente Lula (2005): 165

Dívida com o FMI em dólares
FHC (2002): bilhões de dólares
Presidente Lula (2005): 0,00(zerado)

Dívida com o clube de Paris em dólares
FHC (2002): bilhões de dólares
Presidente Lula (2006): 0,00(zerado)

Salário Mínimo em dólares
FHC (2002): 56,50 dólares
Presidente Lula (2005): 128,20 dólares

Desemprego
FHC (2002): 12,2%
Presidente Lula (2005): 9,6%

É apenas uma questão de botar na balança, vejamos:

Balança comercial (em dólares):
Lula: 103,3 bilhões (positivos)
PSDB: - 8,4 bilhões (negativos)

Transações correntes (em dólares):
Lula: 30,1 bilhões (positivos)
PSDB: - 186,2 bilhões (negativos)

Dívida pública:
Lula: 34,2%
PSDB: 35,3%

Dívida externa:
Lula: 2,41%
PSDB:12,45%

Investimento em desenvolvimento (em reais):
Lula: 47,1 bilhões
PSDB: 38,2 bilhões

Empréstimo para habitação (em reais):
Lula: 4,5 bilhões
PSDB: 1,7 bilhões

Vox Populi

Resultado de pesquisa nacional encomendada por um cliente do setor privado:

Lula - 51%
Alckmin - 41%

quarta-feira, outubro 04, 2006

CPDOC

O Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC), da FGV, oferece para download (grátis) "obras produzidas pelo CPDOC não disponíveis para venda", segundo o centro. Acabam de sair dois novos e interessantes títulos, com depoimentos de militares que tiveram papéis-chave no regime de 1964.

Terrinha

terça-feira, outubro 03, 2006

No Mínimo...

Sujeitos a instabilidades
Os institutos de pesquisa no Brasil são tão confiáveis quanto os de meteorologia.
DNA político
O eleitor carioca foi preconceituoso ao negar seu voto a Cristiane Brasil. Que culpa tem a moça de ser filha do Roberto Jefferson? Se fosse em São Paulo, ela estaria eleita entre os mais votados.
Casa cor
Clodovil já começou o trabalho parlamentar. Tem pronto o projeto de decoração de seu apartamento funcional em Brasília.
Concorrência braba
Depois de Alckmin e Clodovil, São Paulo pode consagrar Schumacher. Não à toa, Chico Buarque encerra temporada no Tom Brasil antes do GP de Interlagos. Não dá para concorrer com essa turma!
Virada petista
Garotinho e Rosinha anunciam apoio a Alckmin e deixam no eleitor de Lula a sensação de que a sorte está mudando de lado.
Axé Jaques
A festa de Jaques Wagner na Bahia não tem data para terminar. O ideal seria que o governo dele começasse só depois do Carnaval.
Cult maduro
Nelson Motta em anúncio do Itaú Personnalité é uma espécie de ‘Tapa na Pantera’ para homens maduros.
A falta que a gravidade faz
Anousheh Ansari, a turista que voltou a terra por esses dias a bordo da nave russa Soyus, trouxe uma importante revelação sobre a vida no espaço: astronauta não cospe, engole. A descoberta se deu na hora de escovar os dentes.
Em grupo
Lula quer chamar FHC, Itamar e Sarney para uma “concertação”. Parece que o Aécio ficou de levar as louras.

segunda-feira, outubro 02, 2006

As luzes do Mundo

Eleições 2006

Perdemos!
Não alcançamos os votos para vencer no 1º turno. Sempre fomos os maiores defensores da eleição em dois turnos e estávamos certos. Agora, nosso povo terá mais um mês para decidir seu futuro, o rumo que queremos dar ao Brasil. Isto é democracia. Vamos respeitá-la e exigir que nossos adversários a respeitem. O país não está dividido em vermelho e azul por regiões. Lula venceu em MG, RJ e ES, na região Sudeste e pode avançar no Sul, onde perdeu. No Sul e no Centro Oeste, contou mais a incapacidade do governo Lula de combinar a necessária austeridade fiscal com soluções rápidas e eficazes para problemas pontuais. O país não está dividido em classes. Lula tem apoio em setores do empresariado e da classe média. O que não tem é maioria, como a que tem entre as classes populares. O país está dividido, em grande parte, sobre seu futuro, sobre qual governo quer. Toda a histeria denuncista da oposição, apoiada e ampliada pela mídia, visa esconder o verdadeiro debate e busca derrotar o PT. A verdade é que Lula obteve mais de 48% de votos e deve vencer, para continuar o melhor governo dos últimos 20 anos e para avançar nas reformas política e administrativa. E garantir, ao mesmo tempo, nosso desenvolvimento com distribuição de renda. Ouso dizer que o presidente devia se licenciar e percorrer o país; devia ele mesmo dirigir a campanha. São dez Estados. Temos que cuidar de MG, pois Lula venceu lá e pode decidir a eleição. E temos que diminuir a diferença para Alckmin em SP. Precisamos e queremos os debates no programa eleitoral e na mídia, para discutir e comparar o governo tucano com o de Lula, e comparar o Brasil que herdamos com o de hoje. E para apresentarmos o que fizemos e o que faremos nos próximos quatro anos. Só com a liderança de Lula é que podemos vencer. O PT demonstrou, mais uma vez, que tem raízes profundas no Brasil e saiu vencedor, elegendo 83 deputados federais, dois senadores e quatro governadores. Para o eleitorado progressista, que está diante da alternativa de derrotar a direita ou serem cúmplices de um novo ciclo conservador no país. Nossa expectativa é que se alinhem ainda mais a candidatura Lula. Até hoje o candidato tucano não disse a que veio. Não temos o que temer, é a hora da verdade. Temos que ocupar as ruas, enfrentar aqueles que nos querem intimidar e nos expulsar da vida política brasileira. Não nos faltam exemplos de que vale a pena votar em Lula.

Música boa e de graça!!!

O site do Instituto Moreira Sales é uma preciosidade. Clicando em www.ims.com.br, entre outras coisas, você terá acesso a cerca de 30 mil arquivos de áudio, desde as primeiras gravações feitas no Brasil, em 1902, até os nossos dias.