quarta-feira, novembro 29, 2006

Anos tucanos

Aloprado foi torturado

O aloprado Gedimar Pereira Passos, ex-agente da Polícia Federal, está neste instante fazendo uma denúncia de tortura que teria sofrido na PF ao ser preso em São Paulo no dia 15 de setembro. Ele depõe à CPI dos Sanguessugas e já provoca movimentação no gabinete do diretor da Polícia Federal, Paulo Lacerda, que já foi avisado da acusação. Gedimar contou que foi preso por um policial civil que faz bico no Hotel Íbis, em São Paulo, onde ele estava hospedado. Menos de cinco minutos depois, chegaram ao hotel agentes federais comandados pelo delegado Edmilson Bruno. O aloprado perguntou aos agentes: - Como vocês chegaram até mim? O agente responde: - Sabe como é, né?! Tudo é grampo. Gedimar então disse: - Vocês fizeram a maior besteira. Vocês grampearam a campanha do presidente. Como vocês vão explicar isso? Não recebeu resposta. Edmilson então teria dito a Gedimar: - Você faz as declarações e nós liberamos você. Gedimar foi levado à PF para fazer declarações: - Me perguntaram se o presidente Lula sabia disso. Eu disse que não. Me perguntaram se a Dilma Rousseff sabia. Eu disse que não. Me perguntaram se o Gilberto Carvalho sabia. Eu disse que não, afirmou, relatando como foi o depoimento à PF. Uma equipe da Globo riscou no hotel ainda a tempo de registrar a saída de Gedimar algemado. Na sede da Polícia Federal em SP, Gedimar diz ter sido preso e não lhe foi dado o direito de chamar um advogado ou de ligar para a família para avisar do ocorrido. Gedimar ficou preso até domingo e na segunda foi transferido para o Mato Grosso. Ao chegar ao aeroporto, foi levado pelo saguão, quando poderia, de acordo com ele, ter saído dentro de uma viatura. Gedimar foi levado direto para o presídio Pascoal Ramos, em Cuiabá. - Fui levado por três agentes com lanterna para uma ala que estava sendo destruída, estava semi-destruída. Fui literalmente jogado e fiquei com água até a canela. Fiquei com o corpo cheio de feridas. Fiquei de meia noite até meio-dia (...) O senhor (Gabeira) já viu alguém passar 13 horas na cela de um presídio com água até as canelas para amolecer o juízo? Pois isso aconteceu. Quando levado do presídio para prestar depoimento à PF-MT, reclamou do tratamento com o delegado Diógenes Curado, que, disse rindo que não sabia de nada. - Deputado (Gabeira), você acha que eu não ia colaborar com o delegado depois de tudo isso? Jamais! Uma vez que o juízo dele amoleceu, Gedimar prestou depoimento, envolveu na operação de compra do dossiê o agente de segurança de Lula, Freud Godoy, e o resto vocês já sabem.

Haja...

Vejo na FSP o Tasso "Dias Contados na Presidência do PSDB" Jereissati dizer que o tucanato tá com depressão pós-eleitoral. Tá é com depressão pós-parto, isso sim. Depois das urnas, pariu um casal de gêmeos igualzinhos aos que nasceram em Londres: de cores distintas: Serra e Aécio. E infelizmente a gente vai ficar nessa canseira até 2010. Haja saco! Meu Deus, eu juro que não vou aguentar. Nem o Serra e o Aécio vão aguentar isso... Essa divisão vai atrasar o Brasil. Tudo vai ser em função desses dois. Ninguém merece!!!

segunda-feira, novembro 27, 2006

Cá pra nós, faz todo sentido

Em Santa Cruz do Sul (RS) a foto de uma placa do SESI de duplo sentido sobre o planejamento familiar.
Cá pra nós, faz todo sentido.

Seqüências Parisienses

O Partido Socialista ratificou, numa convenção em Paris, a candidatura de Ségolène Royal à eleição presidencial de 2007.
Ségolène Royal não é a Hillary Clinton francesa, como disse, uma reportagem do Salon. Ségolène milita no PS há 30 anos e tem um biografia política bastante distinta da carreira de seu companheiro, François Hollande, deputado e principal dirigente socialista. Ela já foi ministra três vezes (ele não foi nenhuma), é deputada desde 1988 e ocupa agora um dos governos regionais franceses, cargo ao qual Hollande nunca foi eleito. Na corrida à candidatura presidencial, ela deu nele de dez a zero. Hillary, ao contrário, cresceu na política à sombra de Bill Clinton. Embora tenha vindo de uma família numerosa, de poucas posses e de uma cidadezinha da Alsácia, Ségolène integrou-se ao establishment parisiense. Diplomada em Sciences Politiques, em Economia e em Direito, ela é – ainda e sobretudo – formada pela Ecole Nationale d’Administration. Puro produto do sistema meritocrático francês – armado pelos concursos que abrem o acesso às Grandes Ecoles – Ségolène seguiu o percurso universitário da elite que tem governado o país desde o fim da Segunda Guerra.
As duas primeiras viagens ao exterior que ela fará, como candidata do PS, serão no Brasil e na África do Sul. Como tudo o que ela vem fazendo é sempre algo muito estudado, o itinerário indica que a amizade com Thabo Mbeki e com Lula traz dividendos para a candidata da esquerda francesa. Indica também que diante da tranqueira em que se entalou a União Européia, a França procura outras alianças no campo internacional.

DE ONDE VEIO O DINHEIRO DO DOSSIÊ?

A colunista Dora Kramer disse que a oposição não está mais interessada na CPI dos Sanguessugas. Provavelmente porque, agora, a CPI só falta chegar a José Serra. Da mesma maneira que a CPI dos Correios apurou tudo menos “de onde veio o dinheiro”, é o caso de se perguntar, com a veemência de Fernando Gabeira: “de onde veio o dinheiro”?
De onde veio o dinheiro do Marcos Valério?
De onde veio o dinheiro dos aloprados?

Máximas e mínimas

Com a notória limitação de espaço que os jornais têm, especialmente na primeira pagina, talvez seja o caso, de contribuir com os leitores da Folha que não puderam ler na primeira página a chamada para importante revelação do repórter Kennedy Alencar. Alencar diz que um novo personagem teria participado da arrecadação dos recursos para comprar o dossiê que implica José Serra na compra de ambulâncias. “O banqueiro Daniel Dantas (grupo Opportunity)... ” Kennedy revela que “investigadores levam a PF a acreditar que parte significativa dos reais estava fora de circulação há algum tempo. Dantas teria uma grande reserva em moeda nacional para uso em operações dessa natureza...” Essa mesma limitação de espaço impediu que o Estadão, na semana que passou, desse na primeira página uma revelação razoavelmente importante: a delegada Elisabete Sato concluiu, num segundo inquérito que a morte de Celso Daniel não foi um crime político.

Os Marajás do serviço público

Oito anos depois de implantado pela reforma administrativa, o teto salarial do funcionalismo público continua sendo desrespeitado pelo País afora. Dados do Governo Federal mostram que ainda existem 129 servidores ganhando acima dos R$ 24,5 mil. Além disso, um levantamento que o CNJ divulgará amanhã revela que, nos Estados, cerca de 200 desembargadores estariam recebendo acima do limite. Esses felizardos representam 20% do total. Essa situação só se perpetua porque a maior parte desses Marajás tem dinheiro para pagar bons advogados e consegue decisões na Justiça lhes garantindo o direito de receber os valores integrais, mesmo contra o que diz a Constituição. O mais alto salário do Executivo Federal é de um professor da Universidade Federal do Ceará, que recebe a bagatela de R$ 38.275,44."
Leia mais
aqui.

sábado, novembro 25, 2006

AS MENINAS DO FIASCO

Segundo a coluna de Daniel Castro na Folha, vai mal de audiência o programa do Jô Soares que chegou a amargar um 4o lugar na madrugada de 3a para 4a feira.
Segundo Daniel, citando as concorrentes, maus resultados para o Jô vem ocorrendo desde outubro, leia aqui.

Marco Aurélio Garcia

Leiam a entrevista do presidente do PT, Marco Aurélio Garcia, que está na Folha, mas esqueçam o título que está na capa do jornal, "Garcia defende PT no poder por uma geração”, que é completamente dirigido. Muito boa a entrevista, vale a pena. Leiam particularmente o que diz Marco Aurélio sobre os meios de comunicação.

Os alckmistas