segunda-feira, agosto 23, 2010

O BRIC mais sedutor

Sob o título "Bancando o crédito brasileiro", o "Financial Times" reportou que "uma das principais ferramentas anticíclicas durante a recessão global, o Banco do Brasil, alcançou sucesso" ao expandir o crédito e viu seu lucro saltar 26%. Também no "FT", em "Marca Brasil está preparada para ação",Tyler Brûlé, editor da revista "Monocle", relata viagem e avalia a imagem e as marcas do país. Conclui que "suas empresas de energia podem ser o motor, mas são os elementos soft (música, moda, hospitalidade, design) que tornarão o Brasil mais sedutor e sensual do que Rússia, Índia e China." O "Barron's" voltou a destacar "os charmes do Brasil". Sublinha que "em contraste com EUA, Europa e Japão, que têm níveis insustentáveis de endividamento, emergentes como o Brasil têm mais reservas do que dívida externa". 
"FT" publicou "Pouco sinal de preocupação nos mercados brasileiros" com a eleição. Um analista diz que "as ações estão especialmente atraentes". 
Da AP, em sites dos EUA, "Hora de desespero para candidato oposicionista no Brasil". Ele "mergulha tão rápido que fez comerciais se ligando a Lula, que apoia sua rival".

A vizinhança

Da agência chinesa Xinhua ao Washington Office on Latin America, que monitora a "ajuda de defesa dos EUA na América Latina", ecoou a decisão do colombiano Juan Manuel Santos de fazer sua primeira viagem, como presidente, ao Brasil. No "El Tiempo", Santos dá "grande importância" à visita e ressalta a "liderança". Diz que "a presença do Brasil na Colômbia, em investimentos, tem crescido muito". Em coluna no mesmo "El Tiempo", Socorro Ramirez escreve que a aproximação pode ajudar a Colômbia no conflito com os "grupos irregulares" e a "melhorar sua inserção internacional, aproveitando os vínculos do Brasil como poder emergente global". Antes, o chileno Sebastián Piñera já havia feito sua primeira viagem ao Brasil, rompendo tradição.  Agências dão que os presidentes do Chile e da Bolívia anunciaram o "corredor bioceânico" unindo o Brasil ao Pacífico, "a resposta da América Latina ao canal do Panamá", segundo a UPI, abre em novembro.

sexta-feira, agosto 20, 2010

Cápsula da Cultura

Em defesa do Brasil

O atual momento é propício à proliferação de movimentações que tenham como objetivo atender a interesses políticos e econômicos poderosos, que não se importam em deixar o futuro do país de lado para auferir dividendos. Nesse sentido, não é de surpreender que a maior empresa do país, a Petrobras, esteja em pleno fogo cerrado. O contexto dos ataques é um quadro eleitoral em que Dilma Rousseff (PT) dispara nas pesquisas, enquanto o opositor José Serra (PSDB) vem em queda. Desesperado, o mais organizado partido de oposição, a grande imprensa, mira as armas contra a Petrobras, que se transformou em um símbolo da era Lula. Ao mesmo tempo, existe o processo de capitalização da Petrobras que viabilizará os investimentos da companhia. A capitalização ocorrerá com a emissão lotes de ações. São poucos os “analistas” do mercado que acreditam na desvalorização dessas. O truque, portanto, é interceder hoje para colher ganhos com a especulação amanhã. Essa é a razão maior da campanha de ataques, que visa a derrubar as ações da Petrobras e forçar queda nos preços dos títulos a serem emitidos. Se isso ocorrer, quem comprar estoques baratos de ações amplia significativamente as perspectivas de lucro. Há ainda outro alvo oculto nessa orquestração contra o Estado brasileiro: transformar em letras mortas a legislação que assegura a soberania nacional da exploração da camada Pré-Sal e o investimento social do retorno financeiro das operações em águas profundas. Trata-se de uma grande irresponsabilidade. No Governo Lula, a Petrobras se tornou uma das maiores empresas do mundo, especificamente, a quarta maior empresa de energia do planeta. Com isso, é o vibrante cartão de visitas da economia brasileira. Internamente, é um dos pilares da nova política industrial, especialmente por seu papel central na reativação da indústria naval, na tecnologia de águas profundas e, agora, no desenvolvimento de toda a cadeia de indústrias e prestadoras de serviços por conta da descoberta do pré-sal. O Programa de Modernização e Expansão da Frota e o Programa de Renovação da Frota de Apoio Marítimo geraram a demanda de 300 embarcações para os estaleiros nacionais, um ritmo de produção invejável e inédito na história do país. A Petrobras é, ainda, uma das maiores patrocinadoras da produção cultural brasileira. Esses avanços só ocorreram graças a uma administração sólida, que gerou lucro líquido de R$ 16 bilhões no primeiro semestre e investiu volume recorde: R$ 38 bilhões. Tudo isso mantendo ainda reservas de mais de R$ 20 bilhões e presenteando o país com a descoberta do patrimônio mineral do petróleo da camada do pré-sal, que será fundamental para a melhoria das condições socioeconômicas dos brasileiros. A maior parte do povo brasileiro certamente não tem o costume de acompanhar o sucesso da Petrobras, mas sente os resultados de seu crescimento no cotidiano, como parte integrante da bonança econômica dos últimos anos. O resgate, feito no Governo Lula, dessa estatal estratégica ao país é a razão da valorização da Petrobras. É por isso que a empresa se mantém segura, mesmo com a campanha de ataques especulativos que vem sofrendo. Quem busca manchar a imagem da Petrobras pode até achar que vai atingir o Governo Lula, mas, na verdade, estará atentando contra um dos grandes patrimônios do povo. Defender a Petrobras é defender o Brasil.

terça-feira, agosto 17, 2010

Brasil em alta

Riordan Roett, diretor de Estudos Latino-Americanos na universidade Johns Hopkins, de Washington, lançou "The New Brazil: From Backwater to Bric" (De água parada a Bric). O livro de 175 páginas "conta a história do maior país da América do Sul, que evoluiu de uma remota colônia portuguesa a líder regional, representante respeitado do mundo em desenvolvimento e, cada vez mais, um parceiro importante para os EUA e a Europa". Fechando o texto, "no momento em que se prepara para eleger novo presidente, ainda há muito a fazer para consolidar e ampliar seu papel. Mas, como ator no palco global, o Brasil chegou para ficar".
O ex-correspondente do "NYT" Larry Rohter, hoje repórter de cultura, lança no fim deste mês "Brazil on the Rise: The Story of a Country Transformed" (A história de um país transformado).

segunda-feira, agosto 16, 2010

E tenho dito...

Cápsula da Cultura

Bancarrota Acadêmica

Ele nos informa que as famílias estão cada vez mais endividadas para pagar universidade para seus filhos e que pode haver (concebivelmente) um colapso econômico do ensino, dado que as famílias já não podem pagar os cursos. A novidade é a sugestão pratica e lógica de unir os departamentos de Filosofia das universidades Columbia e N.Y.U. em uma só entidade para abaixar os custos. Nunca em um milhão de anos eu pensei que uma sugestão dessas fosse passar no NYTimes! Não por censura, evidentemente. É a estranheza do local da sugestão.

Extrema Direita

O Presidente do Congresso Colombiano, Armando Benedetti, disse que o atentado de quinta-feira em Bogotá que deixou nove feridos é obra da extrema direita, que quis enviar uma mensagem ao recém-empossado presidente Juan Manuel Santos. "Pessoalmente, creio de que isso foi feito por forças da extrema direita", declarou Benedetti em entrevista à rede Telesur. "Foi uma mensagem que quiseram enviar ao novo presidente. É difícil lançar uma hipótese, mas esta é a minha", destacou. Para Benedetti, os autores do atentado são setores que "se querem fazer sentir desta forma". A autoria do ataque com carro-bomba, que causou graves danos aos edifícios próximos, ainda não foi descoberta. O governo de Santos considera "todas as hipóteses" acerca dos motivos e autores do atentado, segundo o ministro da Defesa, Rodrigo Rivera.

Lembranças do Miléssimo Gol...

sexta-feira, agosto 13, 2010

Cápsula da Cultura

Toda Mídia

Manchete do G1, "Ações de empresas de Eike sobem após descoberta de gás". Ele "diz que nova reserva no Maranhão pode aumentar produção no país em 25%". Da Reuters Brasil, "Eike anuncia "meia Bolívia" de gás no Maranhão; ações sobem". Abrindo o dia no Valor Online, "Bovespa inverte rumo, influenciada por Petrobras". Outra manchete, "Bovespa se descola do cenário externo e avança", com saltos da OGX e da EBX, de Eike Batista, mas também da Vale e da Petrobras.


Em longa entrevista ao canadense "Globe & Mail" ecoada pela Bloomberg, Bill Gross, fundador do Pimco, maior fundo de investimentos do mundo, defendeu aplicar no Canadá, exceção "ao Norte", e no Brasil, porque "crescimento é importante". Em suma: "De modo geral, o mundo em desenvolvimento está em posição muito melhor do que o mundo desenvolvido, então é para lá que os dólares devem ir." Ele avisa que, "mesmo no Brasil e na China, começa uma tendência de inflação mais baixa". Ontem também, o "Wall Street Journal" publicou reportagem destacando que "Não se registra ameaça de inflação de alimentos para os mercados emergentes".

Lula's Lady

Sob o enunciado "Senhora de Lula está no caminho para herdar sua presidência", a "Economist" publica que Serra "deveria vencer sem uma gota de suor", mas "em vez disso está lutando para ficar na corrida". Seu problema é que "Dilma é a sucessora ungida por Lula" e cada vez mais os eleitores sabem. "Com a economia crescendo, os brasileiros estão aproveitando a vida e entrou na língua portuguesa o feel-good-factor", fator sentir-se bem, decisivo em eleições. Por fim, três minutos a mais na propaganda "podem ser decisivos" para encerrar logo o jogo. Em reportagem sobre a "complexidade" de investir no Brasil que vive "onda de otimismo no mercado", o "Financial Times"sublinha que os investidores estão de olho em Dilma e não cita Serra. De um investidor: "Você sabe que, com Dilma, o setor habitacional é mais seguro, pois ela criou o Minha Casa Minha Vida. Mas ficaria mais preocupado por empresas privadas com monopólio". O "FT" linka post mostrando que, visando a"tranquilizar investidores", ela falou que o "setor privado vai operar estradas de ferro".