terça-feira, agosto 15, 2006

Universo em uma casca de noz

Hamlet talvez quisesse dizer que, embora nós, seres humanos, sejamos muito limitados fisicamente, nossas mentes estão livres para explorar todo o universo e para avançar audaciosamente para onde até mesmo Jornada nas Estrelas teme seguir. O físico Stephen Hawking, através da física quântica, mensurou a 'incomensurabilidade de nossas mentes' e a vivência neste pequeno pedaço chamado de “Terra”. A relatividade dos campos físicos, astrofísicos e matemáticos pode nos colocar, por exemplo, a similaridade entre uma bola de futebol e de sinuca. Derivando do mesmo raciocínio, a objetividade dos campos mentais e físicos. Amigos, somos constituídos de uma matéria física, espiritual e mental. A tríade da essência humana sugere algumas mudanças emergenciais no modo de conceber o ser humano. Na visão cartesiana de ser humano, mente e corpo não fazem parte da mesma unidade. Esta dicotomia distancia os dois eixos de essencial grandeza na constituição de nossa existência: a subjetividade e a matéria. De um lado, o capitalismo, a modernidade de gestão e avanço organizacional. Do outro, um total atraso na concepção de ser humano. Há, sem dúvida, uma discrepância entre o discurso e a contemporaneidade existencial. Marcas do tempo? Pode ser. O ser humano é o mesmo. As alterações estão fundidas nas suas atitudes. O limite entre o conhecimento e a negação do desenvolvimento científico, cultural e educacional é apenas uma roupagem camuflada de significações, dando ao homem, um pseudopoder diante de seus anseios. O fenômeno da globalização, cantado e decantado em prosa e verso pela mídia, gerou um abismo existencial de extrema magnitude. Shakspeare realmente parece ter acertado quando afirmou que “poderia viver recluso numa casca de noz e se considerar rei do espaço infinito”

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