terça-feira, julho 27, 2010

Má notícia é a maior diversão

Se a Ferrari mandasse Felipe Massa jogar seu carro contra o muro de proteção para favorecer seu companheiro de equipe, será que ele seria tão “profissional” quanto Nelsinho Piquet? O ex-piloto da Renault também obedeceu a ordens de equipe para beneficiar o mesmo Fernando Alonso no GP de Cingapura, em 2009. Tirar o pé do acelerador, como fez agora Massa na Alemanha, pode não ser tão sinistro quanto provocar acidentes em causa própria, mas é decisão moralmente desastrosa. Pobre torcedor brasileiro: ainda não de todo recuperado do vexame de Barrichello abrindo caminho para Schumacher em 2002, não merecia assistir a este filme de novo. A lambança está feita, mas Felipe Massa pode ainda escapar do papel ridículo que a repetição da história lhe destina. Precisa, para isso, deixar de lado a pose de contrariadinho, incompatível com o discurso de quem assume total responsabilidade pelo procedimento cafajeste da Ferrari. Nem o Muricy Ramalho, que tinha até mais motivo para isso, fez beicinho quando o Fluminense mandou que ele deixasse o Mano Menezes passar sua frente na seleção.

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