terça-feira, julho 06, 2010

Balaio

Ricardo Teixeira, eterno presidente da CBF, que agora só pensa em comandar a FIFA, como seu ex-sogro João Havelange, poderia aproveitar para levar às últimas consequências o seu plano de formar uma nova seleção e promover uma verdadeira revolução no nosso futebol. Ou nós formamos uma seleção nova ou nós formamos uma seleção nova. Não há outra opção”, proclamou Teixeira na África. Ótimo, é um bom começo. Acho que todo mundo concorda, já que não há como mudar a CBF. Para começar, Teixeira poderia determinar ao novo técnico que só convoque jogadores em atividade no Brasil. Com isso, evitaria que a nossa seleção continue sendo uma legião de “estrangeiros”. Mais do que isso: com esta medida simples, poderia evitar que qualquer jovem que se destaque já pense logo em ser vendido para a Europa, como tem acontecido, mantendo o círculo vicioso que está levando os clubes à ruína. Nossos campeonatos são deficitários porque as grandes estrelas jogam no exterior ou elas vão para o exterior justamente porque os clubes brasileiros não têm recursos para segurá-los aqui??? Ricardo Teixeira poderia se mirar no exemplo da seleção alemã: todos os seus jogadores disputam o campeonato alemão. Não tem nenhum “estrangeiro” no time, embora ele seja formado por jovens de diferentes origens étnicas. Não basta falar em nova seleção. Antes de tudo, é preciso implantar uma nova mentalidade no nosso futebol, criar condições para que os clubes formadores possam mantê-los aqui por mais tempo. Se a CBF tomar a decisão de só convocar atletas que jogam no Brasil, certamente esta molecada vai pensar duas vezes antes de correr atrás do primeiro gringo que apareça. Se não for pelo amor à camisa, sabem que serão ainda mais valorizados se vestirem o manto amarelo.
Em resumo: sugiro que se forme uma seleção brasileira do Brasil
Deixo a sugestão para a CBF e para os leitores. Que tal?

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