terça-feira, janeiro 09, 2007

Máximas e Mínimas

Um amigo recebe um telefonema de Nova York, de um investidor americano:
- Que ações devo comprar? Estou muito interessado em aplicar na Bolsa brasileira, disse o investidor .
- Mas, você pensa mesmo em fazer isso?, perguntou o meu amigo. Tem certeza?
- Claro! Já estou até atrasado. Tem um monte de gente aqui que ganhou dinheiro na Bolsa brasileira ano passado.
- Mas, você tem certeza? Você tem lido as colunas da Miriam Leitão?
- Não, não é isso. É que os fundamentos da economia brasileira são muito bons... Pensei com meus botões... Se os "fundamentos" da economia estão muito bons, o que pode não estar bom e despertar tanta inquietação nos "colunistas" da imprensa brasileira?
Bem, se os "fundamentos" de uma construção estão bons, o que não deve estar bom deve ser a piscina da cobertura. Talvez tenha infiltrações e mofe o quarto do casal.

VESTIDO DE DONA MARISA

A reportagem sobre o vestido amarelo que Dona Marisa usou na posse do Presidente Lula deu 14 pontos de Ibope, no Domingo Espetacular, da Record, de domingo passado. Foi uma produção que entrevistou o estilista Walter Rodrigues, e rendeiras do Piauí. Rodrigues já tinha feito o vestido de Dona Marisa para a posse em 2002 – um vestido vermelho – e agora sugeriu utilizar as rendeiras do Piauí para fazer as camélias em renda de bilro que cobriram o casaquinho do vestido.
Rodrigues defende a tese de que a Primeira-Dama deva ser a "embaixatriz" da moda brasileira. Uma moda que se internacionaliza cada vez mais. E Rodrigues é um exemplo disso, pois ele próprio é um exportador.
Interessante que não vi na imprensa brasileira cobertura sobre o vestido. Houve, sim, comentários preconceituosos e a informação da FSP de que o vestido custou R$ 2 mil. Esse desinteresse certamente ajudou a dar audiência ao Domingo Espetacular, porque, como comprovou o Ibope, muita gente queria saber sobre o vestido amarelo da Primeira Dama.

domingo, janeiro 07, 2007

IMPORTANTÍSSIMA

Por fim, o presidente Lula, no discurso do Parlatório, chamou a atenção, na posse, para a escandalosa ausência da oposição – uma coisa atrasada, de gente que não sabe perder, puro despeito e, mais do que isso, falta de educação política, de civilidade. Ou pior do que isso, um recado de que continuarão na política de desestabilizar o governo, um mau sinal, um mau começo.

Relatório Stern

Que o aquecimento global é um problema, ninguém tem dúvida. Que ele é fruto do excesso de civilização, tampouco. Mas o consenso sobre o tema acaba aí. Há duas questões centrais em discussão:
1) a quanto de bem-estar deveríamos renunciar hoje para garantir o bem-estar das gerações futuras, e
2) a quanto de bem-estar deveriam renunciar os ricos para aumentar o bem-estar dos pobres sem afetar o ecossistema.
Um doce para quem acertar a resposta à seguinte pergunta: os cidadãos e os governos dos países ricos preferem atacar principalmente o ponto 1 ou o ponto 2?
Foi o doce mais fácil que você já ganhou em toda a vida. Claro que os ricos preferem congelar o statu quo, centrar o combate ao aquecimento global em sacrifícios igualmente distribuídos pelo planeta. Já os pobres e menos ricos não são tão espertos assim. Em vez de lutarem com unhas e dentes para que o ponto 2 esteja nos centro dos debates, aceitam com grande passividade teorias sobre os prejuízos globais decorrentes do crescimento econômico acelerado. Mas esse é um problema velho no mundo em desenvolvimento. Elites econômicas e políticas habituadas a se curvarem diante do colonizador, diante da lógica do colonizador. É raro ver autoridades que tenham a coragem de enfrentar o debate nadando contra a corrente. Tive a idéia de escrever este post depois de ler a corajosa entrevista que o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica, Jerson Kelman, deu ao Valor Econômico no último dia 3. Leia e tire as suas conclusões.
Antes, em dezembro, o mesmo jornal já havia publicado um texto traduzido do Financial Times com críticas ao Relatório Stern sobre aquecimento global. O relatório foi encomendado pelo governo britânico e disseminou o pânico ao afirmar que se não forem tomadas medidas imediatas as perdas econômicas futuras decorrentes do aquecimento global serão maciças. Separei aqui também alguns links sobre o relatório, se você estiver interessado:

WANTED

sexta-feira, janeiro 05, 2007

CORRUPTO ou INEPTO?

O Governador de São Paulo, José Serra, anunciou que vai renegociar todos os contratos assinados pelo Governo de São Paulo. Anunciou que vai recadastrar todos os funcionários públicos. Quem não se recadastrar não recebe.
Algumas perguntas, levando em conta que os governadores que antecederam Serra foram Geraldo Alckmin e Mario Covas, ambos do PSDB.
Quer dizer, então, que Alckmin e Covas eram corruptos e faziam contratos lesivos a São Paulo? Ou será que eram ineptos? Que Alckmin e Covas eram corruptos/ineptos e não sabiam que a folha de pagamentos era "fantasma"? Quer dizer que a "crise de valores morais" a que Serra se referiu no discurso de posse era uma crise instalada na administração tucana de São Paulo? Que a ênfase de Alckmin contra a corrupção na campanha à presidência era de fachada – que por trás corria um mar de lama? Que o ex-governador Claudio Lembo, do PFL, foi cúmplice?
O que o novo governador vai fazer? Rasgar o "marco regulatório"? Ou pedir o indiciamento dos Administradores da gestão Covas – Alckmin?
O que tem a dizer sobre isso o Farol de Alexandria (FHC)? Quer dizer que São Paulo era administrado por uns corruptos/ineptos e ele não sabia? E não pediu a punição para eles?
Quer dizer, então, que o Brasil correu o risco de eleger um presidente da República sobre o qual o governador de São Paulo lança dúvidas gravísssimas sobre sua probidade administrativa? Vejam que risco o Brasil correu: uma "crise de valores morais" profunda!
Cláudio Lembo disse que espera que Serra tenha êxito no levantamento da renegociação de contratos e no recadastramento de funcionários. Mas, que a questão não o atinge, porque na sua gestão, Lembo não contratou ninguém nem assinou contrato nenhum, "porque não tinha dinheiro em caixa". Se a atitude de Serra levar a rever o que Alckmin e Covas fizeram, Lembo disse: "Isso é um problema do Serra e de seu partido".

quinta-feira, janeiro 04, 2007

LANTERNAS HISTÓRICOS

Ano a ano todos os lanternas da história do Brasileirão.
71 Ceará - Sport, América-MG e Portuguesa
72 Sergipe - CRB, Portuguesa, ABC
73 Sergipe - Moto Clube, Paysandu, América-RN
74 CSA - Avaí, Itabaiana, CEUB
75 Campinense - Moto Clube, Sergipe, Americano
76 Desportiva - Treze, Ceará, ABC
77 Dom Bosco - Sergipe, Fluminense-BA, Vila Nova-GO
78 Nacional - Sergipe, Brasil Pelotas, Rio Branco-ES
79 Guará - Chapecoense, Sport, Rio Negro
80 Maranhão - Flamengo-PI, Nacional, São Paulo-RS
81 Desportiva -Itabaiana, Londrina, Sampaio Corrêa
82 River - Ferroviário, Taguatinga, Itabaiana
83 Treze - Galícia, Rio Branco-ES, Ferroviário
84 Brasília - Catuense, Confiança, Nacional
85 Sergipe - Santa Cruz, Sampaio Corrêa, Corumbaense
86 Operário-MT -Piauí, Paysandu, Alecrim
87 Corinthians - Santos, Santa Cruz, Goiás
88 América-MG - Criciúma, Santa Cruz, Bangu
89 Coritiba - Sport, Bahia, Vitória
90 Inter Limeira - São José, Vitória, Fluminense
91 Vitória - Grêmio, Sport, Atlético-PR
92 Paysandu - Náutico, Bahia, Goiás
93 Atlético-MG - Botafogo, Bahia, Desportiva
94 Náutico - Remo, Cruzeiro, União S.João
95 União S.João - Paysandu, Vitória, Flamengo
96 Bragantino - Fluminense, Bahia, Criciúma
97 União S.João - Fluminense, Criciúma, Bahia
98 América-RN - Bragantino, Goiás, América-MG
99 Sport - Portuguesa, Botafogo-SP, Juventude
00 Santa Cruz - Corinthians, Coritiba, Gama
01 Sport - Botafogo-SP, América-MG, Santa Cruz
02 Botafogo - Gama, Palmeiras, Portuguesa
03 Bahia - Fortaleza, Paysandu, Ponte Preta
04 Grêmio - Vitória, Criciúma, Guarani
05 Brasiliense - Paysandu, Atlético-MG, Coritiba
06 Santa Cruz -São Caetano, Fortaleza, Ponte Preta

Milagre cubano





Cuba reduziu a sua taxa de mortalidade infantil em 2006 a 5,3 crianças por cada mil nascidas vivas, a mais baixa de sua história. Só o Canadá tem nas Américas uma taxa de mortalidade infantil inferior a de Cuba.

quarta-feira, janeiro 03, 2007

No Mínimo...

Feliz ano Pan
Relaxa, vai: 2007 vai ser o ano do Pan! Pan de pangaré, pancadão, pandemônio, pandemia, pânico, pântano, pândega, pantomina, panem et circenses.
Pior que vôo da Gol
Vips reclamam de camarote na posse de Lula. Parece que dessa vez o pessoal do PT exagerou na austeridade. Não rolou nem maxi-goiabinha.
Falha técnica
George Bush não sabe o que deu errado: o enforcamento de Saddam Hussein havia sido programado para coincidir com a contagem regressiva para o Ano Novo!
Ovo de Colombo
Se a TAM lançar um programa que transforma horas de espera nos aeroportos em milhagem o pessoal vai começar a reclamar quando o vôo sair na hora marcada.
Concorrente direto
Pelo desempenho descontraído de Sérgio Cabral Filho na posse de Lula, já há em Brasília quem aposte que o governador do Rio vai roubar de Aécio Neves o apoio das louras nas eleições presidenciais de 2010.
Mancada
Lula começou o ano com o pé esquerdo. O direito, como se sabe, está contundido.
Esse é o cara
Símbolo da animação do governo Lula, o ministro Guido Mantega está otimista: "Vai haver 2007! Pelo menos o primeiro semestre eu garanto."
Novo em folha
Fidel Castro pode passar Réveillon no edifício Chopin, em Copacabana. Só se fala disso em Cuba depois da entrevista de médico espanhol sobre o estado de saúde do Comandante.

Folha à baixo!!!

Mesa Redonda


O deputado Ricardo Berzoini reassumiu a Presidência do PT e reuniu 300 pessoas para almoçar em um restraurante de Brasília - entre elas, Aldo Rebelo, atual presidente da Câmara dos Deputados, e Arlindo Chinaglia, que quer sucedê-lo. Chinaglia é candidato do PT. Lula torce para que Aldo se reeleja.

A sinecura dos ex-governadores

Quer começar o ano tendo mais um motivo para falar mal dos políticos?
Lá vai: dos 27 governadores que deixaram os cargos ontem, 15 continuarão mamando nas generosas tetas do Estado. Quer dizer: não darão mais um dia de trabalho pelos eleitores. Mas até morrerem receberão a cada fim de mês o salário que embolsavam quando governavam.

As grandes lambanças de 2006

No quesito em que o pessoal do PT é hors-concours, a cabeçada de Zidane foi tão surpreendente quanto o bebê de João Gilberto, a canja de Jorge Vercilo no show de Oswaldo Montenegro e a crise de apendicite do noivo de Suzana Vieira em plena lua-de-mel. Lula não sabia de nada disso.