quinta-feira, setembro 30, 2010

Cápsula da Cultura

Ligações Perigosas

quarta-feira, setembro 29, 2010

BRASIL S.A.

Você escolhe: Lula com as mãos sujas de petróleo ou uma bunda usando um biquíni fio dental? Essas são as imagens que correm paralelas na mídia mundial quando o assunto é Brasil. Crescemos, ganhamos importância no cenário global, as páginas de economia dos principais jornais do mundo nos levam a sério, mas continua difícil apagar o estereótipo de paraíso sexual. 
Na semana passada, o assunto foi a Petrobras. Publicações do mundo todo trataram da captação recorde. A ilustração mais frequente foi a foto do presidente exibindo o "ouro negro". Na Itália, o "Corriere della Sera" fez um texto épico para retratar um momento histórico. Foi o dia em que, nos dizeres do jornal, a Petrobras deu salto gigante para suplantar "ícones globais como Microsoft e se tornar a quarta maior empresa do mundo". A Petrobras está atrás da Exxon Mobil, PetroChina e da Apple. Antes, a "The Economist" já dizia que o modelo de agricultura praticado no Brasil deveria ser seguido pelo mundo. Já o "Financial Times" afirmou que a Grécia, país endividado e à beira de um calote, deveria tomar lições com as autoridades do BrasilO mesmo jornal trouxe na edição do fim de semana uma longa conversa com FHC. Ele diz que Lula é o Lech Walesa que deu certo.
Ao mesmo tempo, jornais ingleses falam das prostitutas brasileiras. Bem mais explícita foi a portuguesa "Focus", que pôs na capa uma bunda com um microbiquíni verde-amarelo e a manchete: "Eles adoram-na; elas odeiam-na".
Em poucos minutos de conversa, fica claro que, para os engravatados da City, o Brasil interessa pelo pré-sal, pela Vale... Para o cidadão comum, o Carnaval e as mulheres são o foco de atenção. Em Londres, a frase que se ouve é: "Brazil? Really? How exciting!". Nunca saberemos se estão pensando no crescimento econômico ou só em uma mulher seminua.

Eleições 2010

Acompanhe as principais pesquisas:

Cápsula da Cultura

terça-feira, setembro 28, 2010

Estratégia


A Escola de Guerra do Exército dos EUA publicou estudo sobre os "Dilemas da Grande Estratégia Brasileira" . 
"A grande estratégia de Lula para posicionar o Brasil como líder de uma América do Sul unida". 
Em suma, "foi bem-sucedida em elevar o perfil, mas expôs dilemas estratégicos como as tensões crescentes com os EUA".

Toda Mídia

O francês "Le Monde" deu o longo artigo "Lula, presidente inoxidável", em que relata seu pragmatismo e a luta contra a pobreza nos oito anos que o tornaram "personagem mítico". Avisa que Dilma Rousseff é diferente. O "Financial Times", na mesma linha, cobriu o comício de Porto Alegre sob o título "Lula se mostra espetáculo difícil de substituir no palco político". Já o "Independent" saudou "A ex-guerrilheira prestes a se tornar a mulher mais poderosa do mundo". Por outro lado, o "FT" já tratava da "surpresa" Marina Silva, cuja "ascensão fala tanto sobre a campanha sem brilho de Serra como sobre as credenciais comoventes de Ms. Silva".
No editorial "Brasil deslumbra a finança global", o "Financial Times" saúda como a Petrobras "levantou US$ 67 bilhões", e como "tudo se deu em São Paulo, como exultou Lula". Mais que "um grande negócio, é um marco da crescente presença financeira internacional do Brasil", diz o jornal, avisando que "a globalização das finanças brasileiras será cada mais sentida nos centros internacionais". E a "Fortune" lançou sua edição dando, como destaque, "A longa sombra do Brasil".

"Investment Week" postou entrevista do diretor do Allianz Global Investors, que passa a priorizar o Brasil. Ele diz querer "participar do grande potencial de crescimento da economia brasileira e seu mercado de ações", e acreditar que o país "está finalmente libertando o potencial que sempre teve". Ressalta sua "animada classe média, sustentada pela alta nos empregos". E em mais uma de muitas reportagens o "FT" noticiou o "Fervor latino" de fusões e aquisições, particularmente no Brasil. Já o "Wall Street Journal" publicou que, "sem querer chover no desfile do Brasil, a história deveria deixar os brasileiros um pouco nervosos". Lembra que a maior oferta de ações antes da Petrobras foi da japonesa NTT em 1987, "quando a ascensão do Japão à primazia econômica global era considerada inevitável". Por outro lado, o "FT Adviser" postou que gerentes de fundos de instituições como JP Morgan e BlackRock "dizem que Brasil não é uma bolha".


O venezuelano "El Universal" deu que "Converter o Brasil em potência petroleira é o desafio do próximo governo". Já a BBC enfatizou que a "Educação é o desafio do Brasil na tentativa de ser um ator global".  "Guardian" e outros vão na mesma linha, criticando a baixa atenção dada pelos candidatos.

Cápsula da Cultura

Segundo Turno?????????????

domingo, setembro 26, 2010

A Bala de Prata

A apenas uma semana da eleição, temos uma parte do sistema político, uma parte da sociedade e a maioria da imprensa em torcida para que a “última hora” faça com que os prognósticos a respeito de seu resultado não se confirmem. É natural que todos os candidatos, salvo Dilma, queiram que alguma reviravolta aconteça. Todos torcem pelo “fato novo”. Do outro lado, a ampla coligação que formará a maioria do próximo Congresso espera que nada se altere. Dilma lidera em todas as regiões do país, jogando por terra as análises que imaginavam que essas eleições consagrariam um fosso entre o Brasil moderno e o atrasado. Era o que supunham aqueles que leram, sem maior profundidade, as pesquisas, e acreditavam que Serra sairia vitorioso no Sul e no Sudeste. Não é isso que estamos assistindo. Dilma deve vencer em todos os estados. Vence na cidade de São Paulo, na sua região metropolitana e no interior. Lidera o voto das capitais, das cidades médias e das pequenas. As pesquisas dão a Dilma vantagem em todos os segmentos socioeconômicos. É a preferida de mulheres e homens, de jovens e idosos, de negros e brancos. Está na frente entre católicos, evangélicos e espíritas. Vence entre pobres, na classe média e entre os ricos. Lidera entre beneficiários do Bolsa Família e entre quem não recebe qualquer benefício do governo. Analfabetos e pessoas que estudaram, do primário à universidade, votam majoritariamente nela. É claro que sua candidatura não é uma unanimidade. Existe uma parcela da sociedade que não gosta dela e de Lula e que nunca votou em alguém do PT. São pessoas que até toleram o Presidente, que podem achar que é esperto e espirituoso, que conseguem admirar aspectos de seu governo. Mas que querem que Dilma perca. Se, então, Dilma reúne ampla maioria no eleitorado, o que seria a “bala de prata”? O que falta acontecer? Formular a pergunta equivale a considerar que o eleitorado ainda não sabe o que vai fazer, que aguarda a véspera para se decidir. Que tudo pode mudar!!!É curioso, mas quem mais acredita que os outros são volúveis são os mais cheios de certezas, os mais orgulhosos de suas convicções. Mas acham que o “povão” é diferente, que é incapaz de chegar com calma a uma decisão pensada e madura. É fato que sempre existe uma parcela do eleitorado que permanece indecisa até o final. Já vimos, em eleições anteriores, que ela pode oscilar. Sua movimentação pode provocar resultados inesperados, como ocorreu em 2006. Mas aquelas eleições também mostram como acontecem esses fenômenos. Neles, a única coisa que um uníssono da imprensa contra a candidatura Lula conseguiu fazer foi assustar os eleitores mais frágeis. Os dados indicam que os eleitores mais informados e com alto interesse em nada foram afetados pela artilharia da mídia, assim como os sem nenhum interesse. Aquela gritaria só fez com que as pessoas mais inseguras a respeito de suas escolhas ficassem confusas, ainda que apenas por alguns dias. Mal começou a campanha do segundo turno, Lula reassumiu as rédeas da eleição e avançou sem problemas até a consagração final. É como aquela comédia: Muito barulho por nada.

sexta-feira, setembro 24, 2010

Cápsula da Cultura

Golpismo Midiático

OSCAR

Em 1945, sertão de Pernambuco. Menos de um mês depois de seu marido partir para tentar a vida em São Paulo, com uma moça bem mais nova, Dona Lindú dá a luz ao seu sexto filho, Luiz Inácio da Silva, que logo ganha o apelido de “Lula“. “Lula, o filho do Brasil” é a saga da familia Silva igual à odisséia de tantas outras familias deste Brasil. Um filme sobre uma mãe e um filho, um menino, um sobrevivente, um homem que tomou as rédeas da sua vida.