quarta-feira, junho 30, 2010

A dupla derrota de Tasso

Tasso Jereissati foi duplamente derrotado no Ceará: não conseguiu integrar a aliança pró-reeleição do governador Cid Gomes (PSB) e nem impedir que o ex-ministro da Previdência, José Pimentel (PT), saísse candidato ao Senado na aliança PSB-PT-PMDB que tem outro ex-ministro, o das Comunicações, deputado Eunício Oliveira (PMDB), como candidato a outra vaga. Duas derrotas previsíveis. A única novidade é a ironia da história: Tasso lançou candidato a governador Marcos Cals, ressuscitando a família Cals do ex-governador e senador biônico da ditadura César Cals, ministro de Minas e Energia do general João Figueiredo. Justo Tasso, que passou os últimos 25 anos jactando-se de ter encerrado a era dos coronéis no Ceará, marcada pela alternância dos coronéis Virgílio Távora, Adauto Bezerra e César Cals. É claro que Marcos não pode nem tem que responder pelo passado do pai e é bem vindo à disputa, mas sua entrada não deixa de ser a grande ironia da história política de Tasso.

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