terça-feira, abril 19, 2011

Nova Economia

Risco Brasil fica mais perto do risco EUA. Nunca a diferença de risco entre os países foi tão pequena; melhora brasileira nos últimos anos e piora da situação fiscal americana explicam fenômeno. O risco do Brasil percebido pelos investidores globais nunca foi tão baixo se comparado ao dos Estados Unidos, considerado referência em segurança financeira. Na semana passada, a diferença entre as medidas de risco dos dois países alcançou o menor nível da história: 0,60 ponto porcentual. Esses números foram extraídos das negociações com um derivativo financeiro amplamente negociado no mercado, chamado CDS (Credit Default Swap). Esse papel é um tipo de seguro vendido a investidores que querem se proteger de um eventual calote. Se alguém quer comprar títulos públicos brasileiros e, ao mesmo tempo, se proteger, utiliza o CDS. Ontem, pagava 1,1% ao ano em dólar para este fim. Para se proteger de eventual problema nos EUA, a taxa estava em 0,48% ao ano. O mercado de CDS movimenta trilhões de dólares mundo afora e o do Brasil é um dos mais negociados. O que ocorre hoje é fruto de três movimentos. "De um lado, espelha a melhora da percepção de solvência do Brasil. De outro, é fruto da enorme liquidez global", explica o economista Dany Rappaport, sócio da InvestPort. "Ou seja, em relação especificamente ao Brasil, há uma razão estrutural e outra conjuntural, que catalisa a estrutural."

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