quarta-feira, maio 18, 2011

Hidrovia Tietê-Paraná

Está acertada a assinatura de um convênio entre os governos Federal e de São Paulo para investir mais de R$ 1 bilhão na hidrovia Tietê-Paraná. Com o investimento, o volume de transporte em 800 quilômetros da hidrovia deverá saltar de 5 milhões de toneladas em 2010 para mais de 8 milhões de toneladas, prevê o Dnit. Segundo a Secretaria de Transportes, os investimentos vão poder triplicar o potencial de carga, para mais de 10 milhões de toneladas até 2014. A hidrovia liga cinco estados com maior produção agrícola do país e transporta principalmente milho, soja, óleo, madeira, carvão e adubo. O dinheiro – R$ 623 milhões do governo federal e R$ 393 milhões de São Paulo – será aplicado na eliminação de gargalos até 2014. Para elevar esse potencial de transporte de produtos agrícolas os investimentos serão feitos principalmente em derrocagem, dragagem, reforma de eclusas e proteção dos pilares, além da ampliação dos terminais existentes e implantação de novos terminais. Além disso, o calado do rio nos momentos de seca mais intensa terá profundidade mínima de 3 metros, enquanto que hoje está em cerca de 2,5 metros. Com um calado maior, que é a distância entre a superfície da água e o fundo da embarcação, aumenta o porte dos veículos que podem circular pela hidrovia.  Esses investimentos, portanto, devem diminuir o tempo e os custos de viagem. Segundo o Dnit, apenas a expansão de vãos em quatro pontes que cruzam a hidrovia vão permitir o tráfego de composições de até quatro barcaças e vão acelerar as viagens em até duas horas por ponte, além de diminuir em cerca de 20% os custos. O convênio de R$ 1 bilhão que vai ser assinado pela presidenta Dilma Rousseff e pelo governador Geraldo Alckmin nos próximos dias faz parte de um plano de longo prazo para investimento de R$ 16 bilhões, que elevaria o potencial navegável da Tietê-Paraná para 2,47 mil km. Segundo cálculos da CNT, o transporte por hidrovias costuma ser cinco vezes mais barato que o rodoviário e três vezes mais econômico do que o ferroviário. Ainda conforme a CNT, o Brasil tem 42 mil km de vias navegáveis, mas aproveita apenas 8,5 mil km desse potencial. Para São Paulo, a adoção mais intensa de hidrovias colabora para desafogar o trânsito em estradas, o que leva a uma economia para manutenção das rodovias e permite a redução de preços de pedágio. Além disso, reduz-se a emissão de mais de 20 milhões de toneladas de dióxido de carbono, o que contribui para o combate ao aquecimento global.

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