A força dos clubes de futebol tem assustado o mercado americano. Há uma semana, o Sport Business Journal publicou uma reportagem sobre a presença dos clubes de futebol nas redes sociais. O resultado é alarmante. Das cinco marcas ligadas a esporte e que tem o maior número de seguidores, quatro são clubes de futebol. O levantamento tinha como universo a soma de seguidores dos clubes no Facebook e no Twitter. Na lista, os cinco primeiros clubes mais populares nas redes sociais são os seguintes:
- Barcelona (13,5 milhões de seguidores)
- Real Madrid (13,2 milhões de seguidores)
- Manchester United (12,1 milhões de seguidores)
- Los Angeles Lakers (9,5 milhões de seguidores)
- Arsenal (5,9 milhões de seguidores)
O resultado, na visão americana, mostra uma preocupação para o negócio dos esportes. O futebol, segundo eles, tem tomado conta do mercado mundial, ao passo que os times americanos, independentemente de qual esporte represente, continuam com atuação restrita aos Estados Unidos. Esse é um ponto crucial e um dilema que os americanos terão pela frente nos próximos anos. Com a retração do mercado dos EUA, é fundamental para o crescimento dos times de lá a busca de novos torcedores. Com menos dinheiro para gastar desde a crise, o americano tem cortado os esportes. O crescimento da audiência de TV e a queda da presença nas arenas são um reflexo disso. Com isso, é fundamental que o esporte vá para outras regiões do planeta, em busca de dinheiro novo, especialmente os mercados da China, da Índia e do Brasil, os três mais cobiçados na atualidade. Mas, aí, o problema para o americano é que em sua maioria esses países já estão tomado pelos clubes de futebol, especialmente os da Europa. “Se tem algo que temos de aprender com o que tem acontecido lá fora, é que esses times de futebol são hoje marcas globais”, resumiu o vice-presidente da NBA, Bryan Perez. O modelo americano de gerenciar o esporte está anos-luz à frente do restante do planeta. Mas, agora, o americano percebeu que não adianta mais olhar apenas para o próprio umbigo. Enquanto isso, no Brasil, os clubes seguem considerando que globalização significa, simplesmente, jogar o Mundial de Clubes…
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