quarta-feira, maio 18, 2011

Petrobras

A Petrobras divulgou a constituição da Sete BR, uma empresa formada para assumir, em conjunto com o Estaleiro Atlântico Sul a contrução de sete navios-sonda destinados à exploração do pré-sal. O assunto mereceu pouca importância na imprensa, mas os números envolvidos nesta transação mostram que ela é um dos maiores negócios do mercado de construção naval. A encomenda soma US$ 4,6 bilhões, cerca de de US$ 662 milhões por sonda. E as sete encomendadas são apenas um quarto das 28 previstas para o plano de prospecção e exploração do pré-sal. E este resto está deixando louco o mercado mundial de sondas de perfuração de poços de petróleo, como registrou a Agência ReutersElas pressionam, alegando que, compradas no exterior, as sondas custariam cerca de US$ 500 milhões. É o argumento “Agnelli” que justificou a compra dos supergraneleiros na China e na Coreia e que deixou fulo da vida o ex-presidente Lula. Para eles, é claro, não importa que um investimento deste porte gere emprego, renda, impostos e, sobretudo, tecnologia e melhoramento em nossa indústria. A Petrobras está avaliando o processo de contratação das outras 21 sondas. O diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, admite que, inicialmente, sondas e navios custam mais no Brasil, mas tendem a convergir para os preços internacionais com o passar do tempo e o avanço das encomendas. É compreensível a pressa. O aluguel de navios-sonda é caríssimo. O Deepwater Discovery, tinha aluguel diário de 425 mil dólares, segundo a Veja. Portanto, a construção de uma nave assim se paga em pouco mais de três anos. Vamos torcer para que a Petrobras, como ajudou na formação do consórcio Sete BR para estas sonda iniciais, encontre a forma de fazê-las todas aqui. E, se não encontrar, que a Presidenta Dilma, como Lula queria fazer no caso da Vale, bata o martelo: façam aqui, porque é deste povo e deste país o petróleo que ela vai buscar.

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