segunda-feira, maio 23, 2011

Má notícia é a maior diversão

Deve ter alguma coisa a ver com o alinhamento de Mercúrio, Vênus, Marte e Júpiter com a Terra no céu de maio. De uma hora pra outra, a temperatura caiu, o Dr. Palocci ficou rico, o diretor do FMI atacou uma camareira, o Schwarzenegger anunciou que teve um filho com a empregada, a implosão do Mané Garrincha não deu certo, o cineasta Lars von Trier declarou-se fã de Hitler, Júlio Medaglia foi readmitido na Clutura, Donald Trump desistiu de concorrer à Presidência dos EUA, deu a louca no mundo! Não sei se existe algum estudo sobre a influência dos astros no teor do noticiário, mas há muito tempo os jornais não surpreendiam tanto seus leitores quanto nas últimas três semanas. Do “enterro” relâmpago de Bin Laden, logo no primeiro dia do mês, à estreia do beijo gay na teledramaturgia brasileira, o metrô virou coisa de pobre em São Paulo e a Câmara do Rio desistiu da compra de carros de luxo para vereadores. Tem sido um susto atrás do outro! Esta semana, do nada, Sérgio Cabral liberou publicamente o uso de farda e de carros oficiais por homoafetivos da PM e do Corpo de Bombeiros do Rio na Parada Gay de Copacabana. Dia seguinte, a emenda de um oficial indignado saiu pior que o soneto do governador em manchete de duplo sentido: “Homem meu não vai!” Pode? Naquela mesma tarde, a rainha da Inglaterra foi vista saindo de uma cervejaria na Irlanda, Rivaldo fez as pazes com Carpegiani, o boato da gravidez da primeira-dama Carla Bruni se confirmou, pela primeira vez a Globo perdeu no Ibope da manhã para a Record. Quando a gente pensou que já tinha visto de tudo em maio, o MEC invadiu o noticiário para anunciar a abolição dos erros de português. Tomara que junho chegue logo, né?

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