sexta-feira, outubro 21, 2011

Educação


Uma das prioridades definidas pela Presidenta Dilma Rousseff é a Educação, que vive um momento de transição, avançando decisivamente para superar as seguidas décadas de atraso, fruto do descaso das elites dominantes deste país. A meta é conseguir dar um salto de qualidade no setor, aliando os progressos educacionais aos tecnológicos e de inovação, pilares de um país desenvolvido e capacitado. No entanto, esse caminho é repleto de obstáculos, de diferentes ordens. Convivemos com uma realidade educacional em que ainda há muito a ser feito tanto no que se refere à qualificação e valorização do corpo docente e dos conteúdos educativos, quanto no campo da universalização do ensino público. Em suma, o quadro é uma somatória de problemas históricos com dificuldades atuais e desafios futurosNo que concerne ao ensino superior, crucial para atender à demanda crescente no país por mão-de-obra qualificada, o Governo Federal coleciona avanços. Evidente que estou falando do Enem, ProUni, Pronatec e da construção e melhoria de 14 novas universidades. O Valor Econômico revelou recentemente que a construção dos novos campi de universidades federais permitiu a inclusão de cerca de 40 municípios do interior no mapa do ensino superior gratuito. As matrículas saltaram de 25 mil, em 2006, para mais de 80 mil neste ano. A oferta de cursos nas novas federais foi pensada conforme a localização e as características para o desenvolvimento regional, uma diretriz importante. O orçamento para a expansão das federais dobrou sob o Governo Lula, passando de R$ 12 bilhões para R$ 24 bilhões em 2010Mas alguns aspectos que ajudam a dimensionar o quanto conseguimos avançar não ganham a merecida repercussão. Um deles é a confirmação pelo STF da constitucionalidade do piso nacional dos professores, questionada por Estados governados pela oposição. Com a decisão do Supremo, o piso salarial passa a ser uma realidade em todos os níveis da esfera pública. Para 2012, a previsão inicial do Ministério do Planejamento é de que o piso passe de R$ 1.100 para cerca de R$ 1.400. Trata-se de uma grande vitória de todos os professores e da sociedade, que se soma à nossa liderança na América Latina na produção científica e à melhoria no ranking de inovação — estamos em 47º lugar hoje. Além disso, estima-se que o investimento mínimo por aluno do ensino fundamental para 2012 fique acima dos R$ 2.000. Se quisermos realmente colocar o Brasil na rota do desenvolvimento, precisamos investir pesado em Educação, solucionando velhos problemas ao mesmo tempo em que qualificamos a atual oferta de serviços públicos. Isso significa completar o caminho de maior dotação orçamentária, sem dúvida, mas também percorrer a estrada da introdução da tecnologia e da inovação no cotidiano de professores e alunos.

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