quarta-feira, março 14, 2012

A Nova História do Brasil

Hannover, Alemanha, 2001. No final de semana que antecedia a participação de uma delegação de empresários brasileiros, na maior feira de tecnologia da informação do mundo, a CeBIT, uma revista era dedicada ao Brasil. Nela constavam mulheres muito atraentes, em biquínis minúsculos na praia de Copacabana, posando com copos de caipirinha em mãos. Numa única foto, vários símbolos identificavam nosso país: a sensualidade da mulher, a beleza de nossas praias e a exótica e apreciada bebida nacional. Todo o conteúdo da matéria girava em torno destes símbolos e limitava-se a tratar do modo de vida despojado, festivo e descomprometido de nosso povo. Nessa época o Brasil não apenas produzia software, como tinha um mercado superior a US$ 7 bilhões nesta área. Nossa automação bancária já era considerada a melhor do mundo e não usávamos cédulas de papel nas eleições, mas urnas eletrônicas capazes de coletar e apurar mais de 100 milhões de votos em poucas horas. Nossa declaração de imposto de renda era feita via internet em minutos. 
Onze anos transcorreram e saltamos da condição de desconhecidos e estereotipados, para a condição de país homenageado da CeBIT!!! Na cerimônia de abertura, a Presidenta Dilma Rousseff, acompanhada de Ministros e Governadores, sob o olhar atento de sua anfitriã, Angela Merkel, afirmou que as soluções verde-amarelas auxiliam a competitividade brasileira a alcançar a posição de quinta maior economia do mundo. Em 2012, o mercado brasileiro deverá crescer acima da média internacional. Em onze anos, saímos de um acanhado estande, para um espaço de 1.200 metros quadrados distribuídos em quatro Pavilhões. Ao invés de uma infinidade de nomes e logos, uma identidade visual única: Brasil IT+. Conferindo seriedade e profissionalismo à presença brasileira organizada pela Softex. A saga prestigiada por mais de 130 organizações nacionais não serviu apenas para colocar o Brasil definitivamente no radar mundial como opção das grandes corporações globais na hora de especificar suas demandas por sistemas e soluções de informática, gerou US$60 milhões em negócios e a certeza de que o mundo mudou. Afinal, em pouco mais de uma década, os termos: terceiro mundo ou país subdesenvolvido que nos rotulavam, deram lugar as expressões “economia emergente” e “bola da vez”.  

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