sexta-feira, outubro 20, 2006

Até a nossa corrupção é pobre.

Os "dias de vinho e rosas" parecem ter chegado ao fim para as fortunas dos corruptos, pelo menos na Suíça. Em um longo e complexo processo iniciado há anos, as autoridades da Confederação Helvética bloquearam contas de corruptos para restituir os fundos aos países de onde foram subtraídos. Até o momento foram devolvidos US$ 1,5 bilhão e outros US$ 1,6 bilhão continuam bloqueados. O caso mais divulgado foi a devolução para a Nigéria, de mais de US$ 700 milhões do ex-ditador Sani Abacha. Na lista das contas investigadas pelas autoridades suíças figuram personalidades como o mexicano Raúl Salinas de Gortari ou a ex-ministra do Paquistão Benazir Bhutto. Também estão incluídos os ex-presidentes do Congo, Mobutu Sese Seko, e do Haiti, Jean-Claude Duvalier. Assim como o ex-presidente argentino Carlos Menem. Outras restituições foram US$ 683 milhões devolvidos para as Filipinas das contas do ex-presidente Ferdinando Marcos e US$ 77 milhões recuperados pelo Peru das contas de Vladimiro Montesinos. E pô, os nossos corruptos não aparecem na lista? Tem até um angolano! A conclusão é óbvia. Nós estamos atrasados até em matéria de corrupção. As aberturas das contas agora são regidas pelo New Customer Rule. O que significa que para abrir uma conta bancária na Suíça hoje é preciso efetuar uma espécie de 'strip-tease' financeiro. Além de ser apresentado por um cliente antigo do banco. Assim não dá !

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